Criopreservação de diferentes cultivares de Coffea arábica L. pela técnica de “droplet-vitrification"
Congelamento, biotecnologia, conservação
A cafeicultura brasileira é atualmente a maior do mundo, levando em consideração tanto a área cultivada quanto a produtividade. A conservação de espécies do gênero Coffea é feita quase que exclusivamente em bancos de germoplasma in situ. A manutenção desses materiais ex situ vêm sendo aos poucos desenvolvida e trabalhos que utilizam criopreservação têm mostrado bons resultados. Por conta disso, o trabalho tem como objetivo realizar estudos visando disponibilizar protocolos de conservação in vitro, via criopreservação, utilizando a técnica de “droplet-vitrification” em diferentes explantes de cultivares de Coffea arabica L., a fim de iniciar core collections em bancos de germoplasma. Para a execução do experimento serão utilizadas duas cultivares de Coffea arabica L. cv. Catuaí Vermelho (IAC 144) e Coffea arabica L. cv. Catuaí Amarelo (IAC 62). Os embriões serão obtidos a partir de plantas germinadas in vitro. Com o crescimento das plântulas o ápice caulinar meristemático será retirado e imerso em Loading Solution (LS), constituída por meio MS líquido, 2 M de glicerol + 0.4 M de sacarose por 20 minutos em temperatura ambiente. Posteriormente, será imerso em solução de Plant Vitrification Solution 2 (PVS2), constituída por 30% de glicerol + 15% etileno glicol + 15% DMSO + 0,4 M de sacarose em MS líquido a 0°C ou (PVS3), constituída por ... em diferentes intervalos de tempo: 0, 25, 50, 100, 150 e 200 minutos. Após cada intervalo de tempo, os explantes serão colocados em criotubos contendo 1 mL de PVS2 e imersos em nitrogênio líquido por 1 hora. Após o período de congelamento, o material será descongelado em Recovery Solution (RS), constituída por 1.2 M sacarose dissolvida em MS líquido por 20 minutos em temperatura ambiente. Os explantes não imersos em nitrogênio líquido (não criopreservados), serão imersos diretamente em RS. Após o período de imersão em RS, o material será inoculado em meio MS, suplementado por 30 g L-1 de sacarose e 10 µM de BAP. As culturas permanecerão em sala de crescimento no escuro por 7 dias em temperatura de 25ºC para evitar oxidação e posteriormente, transferidas para a luz. Serão realizadas análises histológicas e de crescimento. Os resultados quantitativos serão submetidos a regressão polinomial e os dados qualitativos serão submetidos a análise de variância com as médias sendo comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade no programa computacional SISVAR.