PODEM OS COMPOSTOS DERIVADOS DA FUMAÇA MELHORAR A GERMINAÇÃO E A TOLERÂNCIA DE PLÂNTULAS DE CAMPO RUPESTRE AO ESTRESSE POR ELEMENTOS TRAÇOS?
Germinação; Campo Rupestre; Priming; Fogo; Extração Mineral
O fogo é uma perturbação natural integrante de ecossistemas abertos como os Campo Rupestre (CR), onde as espécies ao longo do tempo se adaptaram e prosperam em condições pós-fogo. Esse ecossistema se beneficia do fogo, uma vez que os compostos químicos da vegetação queimada podem estimular a germinação de sementes, quebrando a dormência e sincronizando os parâmetros de germinação de certas espécies. No âmbito de projetos de revegetação e propagação, as técnicas de preparação das sementes pensando na semeadura direta, podem melhorar o sucesso da germinação e melhor adaptação das plântulas sob estresses bióticos e abióticos. Em CR, a extração de minerais representa um desafio significativo, impactando, desde a germinação das sementes até o estabelecimento das plântulas ao meio. Assim, a técnica de priming em sementes, que tem por objetivo embeber e secar controladamente as mesmas sem que haja a germinação, pode contribuir para melhorar os processos bioquímicos e fisiológicos envolvidos durante a germinação e posterior adaptação das plântulas no ambiente. Dessa forma, esse projeto se propõe a utilizar a técnica de priming com os compostos da queima da vegetação para tratar as sementes das espécies nativas de CR: Arthrocereus glaziovii, Diplusodon glaziovii, Vellozia caruncularis e Vellozia compacta, a fim de melhorar seus parâmetros germinativos e, sucessivamente maior tolerância das plântulas a estresse por elementos traços.