MICROPROPAGAÇÃO DE Strelitzia reginae
cultivo in vitro, temperatura, fitohormônios, brotação, enraizamento e ave-do-paraíso
A estrelícia (Strelitzia reginae) é uma espécie ornamental tropical, originária da África do Sul, comumente utilizada como flor de corte e componente de jardim. A estrelícia é uma espécie que apresenta dificuldades na sua propagação, com sementes que apresentam dormência, baixo número de brotos produzidos na divisão por touceiras e a dificuldade da própria polinização, já que o seu principal polinizador é endêmico do seu país de origem. Devido a essas problemáticas, a cultura de tecidos surge como uma ferramenta para auxílio na propagação da espécie em larga escala e para a conservação da mesma. Dentro do cultivo in vitro, há algumas variáveis a serem consideradas, dentre elas, a temperatura, que é um fator abiótico importante para as espécies por modular diversos processos do crescimento e desenvolvimento. Assim a busca por um protocolo de propagação in vitro eficaz para essa espécie se faz necessário, pois até o momento há a existência de poucos trabalhos de multiplicação in vitro com esta espécie. Dessa forma, objetiva-se avaliar o efeito do BAP (0, 10, 20 ,30 e 40 µM) isoladamente e BAP (3, 4 e 5 µM) combinado a ANA (0,5; 1 e 2 µM), juntamente com o efeito da temperatura constante (25°C, 28°C, 30°C) e alterna (28/25°C e 30/25°C) na formação de brotações de S. reginae cultivadas in vitro. A partir dos brotos formados, avaliar o efeito indutivo do AIB (0, 1, 2 e 3 µL) e o H2O2 (0, 200 e 600 µL), isolados e combinados, juntamente com a temperatura constante (25°C, 28°C, 30°C) e alterna (28/25°C e 30/25°C) na indução do enraizamento in vitro.