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Banca de DEFESA: LARISSA CRISTINA RIBEIRO E SOUZA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LARISSA CRISTINA RIBEIRO E SOUZA
DATA: 31/07/2024
HORA: 14:00
LOCAL: google meet
TÍTULO:

Desenvolvimento Sustentável na América Latina: o Papel das Empresas Multinacionais e do Ambiente Institucional



PALAVRAS-CHAVES:
Palavras-chave: investimento direto estrangeiro; empresas multinacionais; desenvolvimento sustentável; ambiente institucional; países emergentes; América Latina


PÁGINAS: 134
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
SUBÁREA: Administração de Empresas
ESPECIALIDADE: Negócios Internacionais
RESUMO:

 

As empresas multinacionais (EMNs) por meio do investimento direto estrangeiro (IDE) podem impactar diversos países, de forma positiva ou negativa, por meio de externalidades resultantes de suas atividades de produção. De acordo com a Visão Institucional da Teoria da Legitimidade, o contexto institucional impulsiona a ação estratégica das EMNs, como a divulgação de relatórios de sustentabilidade, na busca por legitimação e aceitação social. Com a adoção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) pela Organização das Nações Unidas (ONU), as EMNs têm buscado demonstrar seu engajamento em melhores práticas ambientais, sociais e financeiras. Em vista disso, o objetivo geral desta pesquisa é investigar as formas pelas quais as EMNs podem contribuir para o desenvolvimento sustentável em países emergentes e em desenvolvimento. Especificamente, objetiva-se: (1) investigar a literatura sobre o papel das EMNs no desenvolvimento sustentável de países emergentes e em desenvolvimento; (2) examinar o papel do ambiente institucional regulatório na relação entre o IDE e questões econômicas, sociais e ambientais nos países latino-americanos; (3) investigar a influência da governança corporativa das empresas e da governança institucional dos países de origem na contribuição para o desenvolvimento sustentável de EMNs atuantes na América Latina. O contexto latino-americano se mostra relevante para a realização desta pesquisa devido às reformas estruturais que os países da região passaram nas últimas décadas, as quais impactaram seus ambientes institucionais. Também, por serem dependentes de IDE, o que aumenta a vulnerabilidade dos países e representa um grande obstáculo para o alcance dos ODS. Para atender aos objetivos de pesquisa foi realizada uma revisão sistemática da literatura, e foi adotada uma metodologia quantitativa com base em modelos de regressão de dados em painel dinâmico, empregando Modelo de Efeitos Aleatórios e Método dos Momentos Generalizados Sistêmicos (System-GMM). Os resultados indicam a dualidade dos efeitos da atuação das EMNs para o desenvolvimento sustentável de países emergentes e em desenvolvimento, com fatores como o ambiente institucional do país hospedeiro exercendo grande influência na forma como externalidades positivas ou negativas transcorrem. Com relação aos efeitos do IDE, verificou-se uma relação negativa e significante entre o IDE e indicadores de sustentabilidade econômica, ambiental e social, que tende a ser amplificada em países com níveis de regulação dos mercados de crédito, de trabalho, e de negócio mais liberais no caso dos impactos sociais. Em se tratando de EMNs que atuam em países latino-americanos, constatou-se que o compromisso com o desenvolvimento sustentável é impactado negativamente pelo tamanho do conselho de administração, uma importante característica da governança corporativa, e pela governança institucional do país de origem. Os resultados desta pesquisa sugerem a necessidade de reformas que revertam a fraca orientação institucional para o desenvolvimento sustentável da grande maioria dos países latino-americanos, onde as legislações ambientais e sociais não acompanharam as reformas regulatórias que visaram tornar o ambiente institucional mais favorável à condução de negócios para as EMNs. Desse modo, o liberalismo econômico deve ser adotado com cautela, sendo essencial que as políticas de incentivo ao IDE sejam acompanhadas por iniciativas que promovam o desenvolvimento sustentável. Ademais, EMNs de fato comprometidas com o desenvolvimento sustentável não devem condicionar suas ações às estruturas de governança locais. Da mesma forma que cumprem as exigências socioambientais em países desenvolvidos, reforçando sua legitimidade, também devem conduzir suas operações de forma responsável em países hospedeiros emergentes e em desenvolvimento, deixando de aproveitar-se de falhas institucionais.

 

 

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CLAUDIA SOFIA FRIAS PINTO - USP (Membro)
Presidente - CRISTINA LELIS LEAL CALEGARIO (Membro)
Externo à Instituição - HELDER ANTÔNIO DA SILVA - PUC - RJ (Suplente)
Interno - JUCIARA NUNES DE ALCANTARA (Membro)
Externo à Instituição - LELIS PEDRO DE ANDRADE - IFMG (Membro)
Interno - MARCO TÚLIO DINALI VIGLIONI - UFLA (Membro)
Externo à Instituição - NÁDIA CAMPOS PEREIRA BRUHN - UFPel (Suplente)
Notícia cadastrada em: 22/07/2024 12:06
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