”Menos é mais”: Minimalismo como prática de consumo
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Na sociedade do consumo, a felicidade se encontra não em produzir ou se apropriar de
bens, mas descartá-los, na contínua intensificação dos desejos materiais. A posse
representa o meio pelo qual a sociedade se adapta às mudanças sociais, a partir de um
conjunto de fenômenos culturais. Nesta conjuntura, a busca por uma vida mais simples
revela uma nova perspectiva no entendimento do comportamento do consumidor. A
abordagem do consumo como práticas sociais se mostra compreendida por meio das
interrelações de diferentes componentes, tais como: entendimentos; regras,
procedimentos e significados, bem como produtos, serviços e tecnologias que as
compõe (RECKWITZ, 2002; WARDE, 2005). Este estudo possui a abordagem
qualitativa da Grounded Theory, constituida por análises documentais e entrevistas em
profundidade, com objetivo de compreender a realidade social do consumo minimalista,
na perspectiva de Schatzki (2005, 2011). Acredita-se que o estilo de vida minimalista,
ou seja, mais simplista, é representado por um conjunto integrado de práticas sociais,
fomentado pela contraposição ideológica à cultura consumista pós-moderna.