CARREIRAS DE MULHERES NEGRAS EM PROFISSÕES PRODUZIDAS COMO
IMPERIAIS: UMA ANÁLISE INTERSECCIONAL
INTERSECCIONALIDADES; CARREIRAS; MULHERES NEGRAS; PROFISSÕES IMPERIAIS.
Essa dissertação traz a proposta de utilizar a interseccionalidade como ferramenta analítica para apreender a articulação de múltiplos demarcadores de diferenças e desigualdade trabalhando com o conceito de interseccionalidade, que envolve a articulação das múltiplas dimensões que, interrelacionadas, atuam na construção de desigualdades, sublinhadas por: gênero, raça, classe. O conceito de interseccionalidade, ferramenta teórica, metodológica e ativista, propõe articular, em conjunto, os marcadores de diferenças identitárias sociais que produzem injustiças sociais. Foram evidenciados debates e aspectos relevantes das relações entre interseccionalidade e carreira. Esta dissertação trouxe as profissões produzidas como imperiais: medicina, advocacia e engenharia. Ao deparar com a construção sócio histórica brasileira observou-se que há um maior número de mulheres negras em carreiras subalternizadas, como as trabalhadoras domésticas. Essas construções se opõem aos espaços sociais de protagonistas e em posições em profissões imperais. Diante deste cenário, e de dados socioeconômicos que foram apresentados, emergiu a necessidade de fazer uma análise do ponto de vista de gênero, raça e classe, e essa pesquisa buscou reflexões dos fatores que geram consequências na ascensão social de mulheres negras, e o papel coletivo da sociedade e dos marcadores identitários nesse processo. Compreendo a importância de perceber interseccionalmente os grupos construídos como marginalizados, e que não se findam nas mulheres negras. Apesar disso, essa dissertação foi pensada no recorte das carreiras construídas como imperiais e a participação das mulheres negras na contemporaneidade. Diante disso, está dissertação buscou responder como marcadores estruturais de diferenças identitárias de mulheres negras afetam o processo de construção de carreiras em profissões imperiais.