EFICIÊNCIA RELATIVA DA GESTÃO PÚBLICA: UMA ANÁLISE DAS REGIÕES DE
SAÚDE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Saúde Pública. Eficiência Gestão Pública. Análise por Envoltória de
Dados
Os recursos públicos são escassos, sendo necessário trabalhar a sua otimização, o que nos
leva a discutir sobre eficiência. Assim, a análise da eficiência da gestão pública pode ser
obtida a partir da relação entre os recursos aplicados e os resultados obtidos. Neste estudo
será considerado como gasto a despesa liquidada, podendo ser entendido como os
recursos aplicados ou consumidos nas subfunções ligadas a função saúde. Os resultados
obtidos poderão ser entendidos como o desempenho do sistema de saúde a partir da
aplicação de recursos, mensurados por meio de indicadores. A eficiência máxima será
obtida a partir da comparação dos resultados de eficiência das regiões de saúde do estado
de Minas Gerais. Assim, o estudo investiga os aspectos referentes a saúde pública das
regiões de saúde do Estado de Minas Gerais, e também se a forma como os recursos são
aplicados podem ser capazes de promover melhorias nas condições de saúde da
população. A partir da comparação das regiões de saúde do estado de Minas Gerais, esta
pesquisa tem como objetivo verificar a eficiência relativa da gestão pública das regiões
de saúde do estado de Minas Gerais a partir dos recursos aplicados. A técnica utilizada
será a Análise por Envoltória de Dados, trata-se de uma técnica não paramétrica utilizada
para estimar a eficiência relativa por meio de programação linear, tratando da relação
entre os inputs (insumos, recursos) e os outputs (produtos, resultados), mostrando assim
o valor da eficiência para cada Unidade Tomadora de Decisão (Decision Making Unit –
DMU). Para chegar a eficiência da Regiões de Saúde do estado de Minas Gerais (DMUs),
pretende-se utilizar como input a despesa per capita por subfunção da saúde e como
outputs a taxa de mortalidade infantil e o Índice Mineiro de Responsabilidade Social da
dimensão saúde. Também serão utilizadas variáveis exógenas a saúde pública, mas que
podem impactar no sistema de saúde como a renda, escolaridade e faixa etária da
população. Como resultados pretende-se analisar as regiões definidas como eficientes,
analisar as regiões definidas como ineficientes, identificar a relação de eficiência e
ineficiência das regiões com aspectos socioeconômicos como o analfabetismo e a renda,
apontar possíveis melhorias dos resultados a partir dos recursos disponíveis e caracterizar
o sistema de saúde do estado de Minas Gerais.