Carreiras de mulheres no campo da cachaça artesanal
Narrativas de Carreiras. Mulheres. Cachaça.
O presente estudo assume como principal objetivo compreender como mulheres no campo da cachaça artesanal interpretam suas carreiras, com ênfase nas vivências, experiências e trajetórias narradas nesse contexto. Para tal, a partir de Berger e Luckman (1966) posiciona-se esta proposta ontologicamente como construcionista por assumir os argumentos de que a realidade é uma construção fundamentada no social, cujos pressupostos e sentidos subjetivos são objetivados através da interação, na medida que são socializados e interiorizados pelas pessoas (PAIVA, 2017). Epistemologicamente, apoia-se na perspectiva construtivista, na medida em que considera-se que não existe uma realidade objetiva aguardando para ser descoberta, pois as concepções e significados são frutos do engajamento com o mundo (SACCOL, 2009). A construção de significado ocorre através dos processos de interação social e de como estes são criados e compartilhados pelas pessoas envolvidas (SACCOL, 2009). Isto posto, como procedimentos metodológicos apoia-se em recentes no campo da pesquisa de carreira (BUJOLD, 2004; COHEN; DUBERLEY; MALLON, 2004; COHEN; 2006; SAVICKAS et al., 2009; YOUNG; COLLIN, 2004; HEIKKINEN; LÄMSÄ; HILLOS, 2014). Portanto, adota-se uma metodologia narrativa, principalmente a partir de entrevistas narrativas e uma análise também narrativa. Aliado a isso, a observação participante e a pesquisa documental são métodos definidos como coleta de dados, os quais corroboram com as narrativas a serem trazidas no presente estudo. Essa escolha metodológica se dá com vistas a compreender como são interpretadas as carreiras de mulheres no campo da cachaça artesanal, com ênfase nas vivências, experiências e trajetórias narradas nesse contexto. Dessa maneira, vê-se nesses pressupostos e procedimentos metodológicos possibilidades de compreender o fenômeno em questão, a partir das narrativas de pessoas envolvidas no processo social (AMBONI et al., 2016).