EPISTEMICÍDIO LEGISLADO: As controvérsias em torno da Tese do Marco Temporal Indígena à luz da abordagem da ANTI-História
Colonialidade, Povos Indígenas, Antropoceno, Capitaloceno, Modernidade.
No presente trabalho, buscarei compreender o discurso em torno da tese do marco temporal a partir das controvérsias como método da ANTI-história e demonstrar como a experiência colonial, com a respectiva invasão ao Sul Global, foi indispensável para a criação do pensamento e das estruturas político-sociais contemporâneas. Para tanto, recorrerei à relação de conhecimento e poder que foi imposta como forma de justificar a violência e os abusos vivenciados pelos povos originários, e a falácia da modernidade vista como progresso. As estruturas de dominação e exploração tem se desdobrado em desastres, crises climáticas e de saúde, epistemicídio dos povos indígenas, dentre outros, nesse sentido, busquei refletir criticamente a partir da lente teórica da colonialidade, os avanços das epistemologias forjadas para silenciar a realidade do Sul Global e para além utilizarei da tese do capitaloceno para evidenciar como o capitalismo nasce da relação orgânica entre capital, poder e natureza.