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Banca de DEFESA: PAMELLA THAIS MAGALHÃES FERREIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAMELLA THAIS MAGALHÃES FERREIRA
DATA: 30/08/2024
HORA: 14:00
LOCAL: google meet
TÍTULO:

A POTÊNCIA DA EXTENSÃO COMO OPÇÃO DE PENSAMENTO DECOLONIAL: UM ESTUDO SOBRE A AÇÃO EXTENSIONISTA NO JORNAL DOS ATINGIDOS PELA BARRAGEM DA SAMARCO


PALAVRAS-CHAVES:

Extensão; Pensamento decolonial; universidade; atingidos; jornal


PÁGINAS: 100
GRANDE ÁREA: Ciências Sociais Aplicadas
ÁREA: Administração
RESUMO:

Estamos envolvidos num arranjo estrutural do mundo que reproduz as violências coloniais materiais, subjetivas e simbólicas (QUIJANO, 2005). Dentre essas violências está a negação da capacidade dos povos subalternizados de produzirem conhecimentos válidos e legítimos (SANTOS, 2006), ocasionando no silenciamento dos pensamentos, saberes e realidades postos como irrelevantes, irracionais, meros objetos de pesquisa por serem apartados das imposições da modernidade civilizatória dos centros. (SANTOS, 2006; MIGNOLO, 2007; DUSSEL, 2005; LEMOS, 2019). Esse silenciamento e negação colonialistas é incorporado, empregando ao pensamento e razões da modernidade, bem como no produto em que eles se expressam: o conhecimento científico. Assim, a ciência moderna se torna hegemônica à medida em que nega a diversidade epistemológica do mundo (LANDER, 2005; CASTRO-GOMEZ, 2007; SANTOS, 2006; PORTO-GONÇALVES, 2005). Como forma alternativa a esse processo, os autores decoloniais defendem a legitimação e validação de saberes outros, não-hegemônicos, através de um diálogo entre as várias formas de saberes (SANTOS, 2006), que lide face a face com a hegemonia (MIGNOLO, 2007), reivindicando o poder de todas as populações subalternizadas de contar e fazer a própria história, rompendo com as epistemes que impedem a compreensão do mundo a partir do próprio mundo em que se vive e experiencia (SANTOS, 2006; PORTO-GONÇALVES, 2005). Tendo isso posto, refletiu-se sobre os possíveis espaços capazes de catalisar, potencializar o surgimento do pensamento decolonial, bem como a descolonização dos saberes, isto é, um espaço que permita a consideração, validação, legitimação de pensamentos e saberes “outros”, diferentes do hegemônico (MIGNOLO, 2007; 2008; 2011; SANTOS, 2006; 2007; DUSSEL, 2005; WALSH, 2007; PORTO-GONÇALVES, 2005), sendo apontado como um desses espaços a extensão universitária. Doravante, a presente pesquisa tem o objetivo de compreender como se dão as relações de poder e a construção de saberes na ação extensionista do jornal “A Sirene” com os atingidos pela barragem de Fundão à luz da abordagem decolonial. Para tal, utilizou-se da pesquisa participante, entrevista de história oral, observações e conversas informais para a construção do corpus de análise da pesquisa. Para análise das informações, utilizou-se como técnica a análise de narrativa. Os resultados obtidos apontam para uma perspectiva extensionista comunicativa, dialógica e horizontal como uma potência para a descolonização dos saberes.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - FLAVIA LUCIANA NAVES MAFRA (Membro)
Externo à Instituição - ISABEL CRISTINA DA SILVA - UNIFEI - UNI (Membro)
Interno - JOSE DE ARIMATEIA DIAS VALADAO (Suplente)
Externo à Instituição - LUIS FERNANDO SILVA ANDRADE - UFMG (Membro)
Externo à Instituição - NATHALIA DE FATIMA JOAQUIM - UFLA (Membro)
Externo ao Programa - RENATA PEDRETTI MORAIS LIMA - DAE/FCSA (Suplente)
Externo ao Programa - SABRINA SOARES DA SILVA - DAP/FCSA (Membro)
Notícia cadastrada em: 19/08/2024 14:22
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