pequi, lipídios, proteínas, plant-based, extração sequencial
pequi (Caryocar brasiliense Camb.), fruto nativo do cerrado brasileiro, tem um potencial de aproveitamento integral de todas as suas partes, incluindo casca, polpa e amêndoa, sendo esta última rica em lipídeos e proteínas. Considerando sua importância econômica, nutricional e a crescente demanda por produtos plant-based, o pequi em sua integralidade se mostra com um alto potencial de exploração de seus compostos. Este projeto visa avaliar o uso de tecnologias mais sustentáveis para a extração sequencial de óleo e proteínas da amêndoa do pequi, utilizando solventes “verdes”, com ou sem auxílio de ultrassom, na etapa de extração do óleo. A amêndoa do pequi foi submetida a dois processos de extração de óleo utilizando etanol sem (com agitação) e com assistência a ultrassom. No ultrassom foram avaliados os efeitos da amplitude e tempo de sonicação, em relação ao rendimento extrativo do óleo e na concentração de proteínas obtida na extração sequencial. O rafinado resultante da extração do óleo foi submetido à extração proteica utilizando dois solventes (água e solução tampão fosfato) em pH de 2 a 10. Os resultados mostraram que o ultrassom com 27% de amplitude e 18 minutos tem o maior rendimento de óleo extraído; e solução tampão fosfato no pH 7 é o mais eficaz para extrair proteínas da amêndoa do pequi. Entretanto, a metodologia extrativa da fração oleosa utilizada apresentou significativa degradação do óleo pela análise do índice de peróxido, necessitando mais estudos voltados à questão da qualidade deste. Conclui-se que a amêndoa do pequi é fonte de óleo, proteínas e valor energético, e que o uso do ultrassom com etanol como solvente, colabora para um processo de extração eficiente destes compostos