ESTRUTURAS DE VARIÂNCIAS-COVARIÂNCIAS TEMPORAIS NA ANÁLISE DE DADOS LONGITUDINAIS DE Urochloa ruziziensis
medidas repetidas, Brachiaria, ganho genético
A seleção de genótipos de U. ruziziensis é baseada em medidas repetidas ao longo de diferentes cortes, assumindo variâncias e covariâncias homogêneas. Entretanto, esse tipo de análise não engloba a possibilidade de variâncias heterogêneas e diferentes covariâncias entre as mensurações. O objetivo deste trabalho foi identificar a melhor estrutura de variâncias-covariâncias temporais para os resíduos (matriz R) e efeitos genéticos (matriz G) e verificar a influência no ranqueamento e seleção. A partir dos dados de produção de biomassa verde de 256 clones de U. ruziziensis em nove cortes de avaliação, testou-se diferentes estruturas de variâncias-covariâncias para os efeitos genéticos e não-genéticos e suas implicações no ranqueamento e seleção dos genótipos superiores. As análises de dados longitudinais de U. ruziziensis por meio de modelos de parcelas subdivididas no tempo apresentou as maiores estimativas de BIC, menor ganho genético e maior variância do erro de predição. O modelo com a estrutura ANTE para os efeitos não genéticos e AR1H para os efeitos genéticos apresentou menor variância do erro de predição e maior ganho genético, quando comparado ao modelo de parcelas subdividas no tempo. Portanto, o presente estudo demonstra a importância em verificar qual estrutura de variância-covariância para as matrizes R e G proporcionam melhor qualidade de ajuste aos dados, devido ao impacto na seleção e na continuidade dos programas de melhoramento genético.