FENOTIPAGEM DE LINHAGENS DE ARROZ DE TERRAS ALTAS SUBMETIDAS À ADUBAÇÃO FOSFATADA DE LIBERAÇÃO LENTA
Oryza sativa L. Genótipo. Termofosfato.
Para que se possa garantir altas produtividades agrícolas, são requeridos nutrientes em ótimas quantidades. Contudo, a baixa eficiência dos fertilizantes fosfatados em solos com problemas de fertilidade, associada à responsividade que advém da variabilidade genética das plantas, constituem um problema amplamente discutido. As fontes do P totalmente acidulados e de amônio são dos fertilizantes fosfatados mais importados e utilizados na agricultura brasileira, por outro lado, fontes de liberação lenta como termofosfatos podem proporcionar menores perdas, maior disponibilidade do fósforo, melhor eficiência agronômica e melhoria da acidez do solo, garantindo assim melhorias na fertilidade dos solos e por conseguinte alta produtividade dos grãos. Objetivou-se com o estudo avaliar o comportamento fenotípico de linhagens de arroz de terras altas submetidas à adubação fosfatada de liberação lenta, visando alcançar novas tecnologias de manejo e responsividade em relação a adubação. O experimento foi conduzido na safra 2021/22, no município de Lavras, em delineamento de blocos casualizados, com três repetições, em esquema fatorial (10 x 4 x 3), compreendendo dez genótipos, quatro combinações de fertilizantes e três dosagens. Os genótipos são provenientes dos ensaios de Valor de Cultivo e Uso do programa de melhoramento de arroz de terras altas da UFLA. Foram avaliadas as características: altura de planta, número de dias para o florescimento, resistência à doenças e produtividade de grãos. Observou-se variabilidade genética para altura de plantas, número de dias para o florescimento e peso de grãos, tendo sido obtido plantas com melhor porte quando adubadas com o termofosfato magnesiano, com destaque para linhagem CMG 2188. Em relação à precocidade de florescimento e peso de grãos, as linhagens foram também mais responsivas ao Termax P, bem como na combinação N3P e N5P na dose de 100%, com destaque para CMG 2188 e CMG 1977. Baseado nos resultados, o termofosfato magnesiano mostrou-se vantajoso em linhagens de arroz como fonte de P, sobretudo para terras altas que são caraterizadas pela deficiência deste nutriente.