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Banca de DEFESA: BEATRIZ PANEGASSI DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BEATRIZ PANEGASSI DE SOUZA
DATA: 15/07/2022
HORA: 08:00
LOCAL: remoto
TÍTULO:

POLIADENILAÇÃO ALTERNATIVA EM ESPÉCIES DA ALIANÇA TABEBUIA SOB ESTRESSE HÍDRICO 


PALAVRAS-CHAVES:

APAtrap. Transcritos alternativos. Aliança Tabebuia. Seca.


PÁGINAS: 50
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Genética
SUBÁREA: Genética Vegetal
RESUMO:

A poliadenilação alternativa (APA) é um mecanismo co-transcricional que gera transcritos alternativos, podendo regular a expressão gênica das plantas em resposta a estresses bióticos/abióticos. Porém, em espécies vegetais, esse mecanismo permanece pouco explorado e consequentemente, pouco compreendido. Dessa forma, o objetivo do estudo foi analisar os padrões de APA em quatro espécies de ipês, duas de Cerrado (Handroanthus ochraceus e Tabebuia aurea) e duas de floresta (Handroanthus impetiginosus e Handroanthus serratifolius) submetidas ao déficit hídrico. Para isso, foram utilizados dados RNA-seq das quatro espécies sob dois tratamentos (seca e úmida) como input na ferramenta APAtrap, que identifica potenciais sítios APA e suas dinâmicas de utilização entre tratamentos. Genes que apresentaram FDR (False Discovery Rate) < 0.05 e PD (Percentage Difference) > 0.2 foram considerados como genes com uso diferencial significativo de sítios de poliadenilação (DE-APA). H. ochraceus foi a espécie que apresentou o maior número de genes DE-APA (3,530) e H. impetiginosus o menor (120). H. serratifolius e T. aurea apresentaram números semelhantes de genes com DE-APA: 368 3 169, respectivamente. H. ochraceus compartilhou 102 e 103 DE-APA com T. aurea e H. serratifolius, respectivamente. Não houve genes DE-APA compartilhados entre as quatro espécies. Os genes com DE-APA foram classificados em CR-APA, quando a APA foi localizada em região codante; e em UTR-APA quando em região 3’UTR. H. impetiginosus apresentou 61 UTR-APA e 59 CR-APA; H. serratifolius teve 197 CR-APA e 171 UTR-APA; T. aurea com 228 CR-APA e 141 UTR-APA; por fim, H. ochraceus apresentou 1,089 CR-APA e 2,441 UTR-APA. Trabalhos prévios indicam que genes com menor extremidade 3’UTR tendem a ser mais expressos. Somente em H. ochraceus houve associação significativa entre o tamanho da 3’UTR e o nível de expressão gênica. Nesta espécie, entre os genes com 3’UTR curtas (APA proximal), 59% foram up-regulados, enquanto 62,5% dos genes UTR-APA com 3’UTR longas (APA distal) foram down-regulados. O teste exato de Fisher detectou categorias do Gene Ontology (GO) enriquecidas somente entre os genes com DE-APA de H. ochraceus. Essas categorias GO enriquecidas, estavam envolvidas em vias de regulação transcricional, transporte/localização de proteínas e processos catabólicos de macromoléculas. Esses resultados indicam que a resposta ao estresse hídrico pode ser regulada por APA em espécies de ipê. Dentre as espécies estudadas, H. ochraceus parece utilizar esse mecanismo de regulação co-transcricional de forma mais intensa. Porém, são necessários novos estudos para compreender as consequências da APA na expressão final dos genes nesta espécie.   


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - LUCIANO VILELA PAIVA - DQI/ICN (Membro)
Interno - GIOVANA AUGUSTA TORRES (Suplente)
Presidente - EVANDRO NOVAES (Membro)
Externo à Instituição - ANA MARIA BENKO ISEPPON - UFPE (Membro)
Externo à Instituição - ALEXANDRE SIQUEIRA GUEDES COELHO - UFG (Suplente)
Notícia cadastrada em: 11/07/2022 11:14
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