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Banca de DEFESA: CAROLINE MARCELA DA SILVA DAMBROZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINE MARCELA DA SILVA DAMBROZ
DATA: 28/04/2023
HORA: 08:00
LOCAL: DBI-02/Departamento de Biologia
TÍTULO:

TRANSCRITOMAS DE GENÓTIPOS DE FEIJÃO COMUM DESAFIADOS POR RAÇA 65 DE Colletotrichum lindemuthianum E ANÁLISE EM AMPLO GENOMA DA FAMÍLIA DE GENES PvRLK-LRR


PALAVRAS-CHAVES:

antracnose; feijão comum; genes diferencialmente expressos; resistência


PÁGINAS: 20
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
RESUMO:

A antracnose, causada pelo fungo hemibiotrófico Colletotrichum lindemuthianum (Sacc & Magn) Scribn, é uma das principais doenças que acometem a cultura do feijoeiro, podendo reduzir em até 100% da produção dessa leguminosa, caso se configurem as condições adequadas ao desenvolvimento do patógeno. Sobre este, é importante destacar a existência de grande variabilidade em termos de raças e sub-raças, que coevoluem junto ao hospedeiro, num complexo patossistema. Sob a perspectiva do hospedeiro, o controle genético da doença vem sendo investigado, e apresenta o envolvimento de vários locos independentes, organizados em conjuntos complexos, conferindo resistência a raças específicas. Genes relacionados ao reconhecimento de patógenos e indução de vias de sinalização vêm sendo associados a estes locos. Entretanto, expandir o conhecimento dos genes encontrados nestes locos e entender seu modo de ação nas vias de resposta da planta hospedeira ao patógeno consiste em uma importante estratégia no estudo desse patossistema. Diante do exposto, os objetivos dessa pesquisa consistiu em: i) Obter e avaliar os perfis transcricionais de plantas de feijão, tanto em interação compatível (Ouro Vermelho), quanto incompatível (BRS Estilo) com o isolado Lv 134 da raça 65 de C. lindemuthianum, por meio de RNA-seq, em diferentes tempos de infecção (0, 48 e 96 horas após a inoculação); e ii) Identificar, classificar e caracterizar a família gênica RLK-LRR de Phaseolus vulgaris, avaliando também seu perfil de expressão em resposta à infecção por C. lindemuthianum, por meio de análises in silico. Para atingir o primeiro objetivo, 12 bibliotecas de RNA foram sequenciadas, e foram identificados 22.344 genes expressos diferencialmente (DEGs) entre as linhagens ao longo do tempo de infecção. Foi possível observar que um rearranjo transcricional em ambas as linhagens após a infecção com o patógeno. Na resistente, ressalta-se o papel dos genes relacionados ao reconhecimento, como aqueles que codificam proteínas quinases e NB-LRRs; genes relacionados à defesa, como os genes de patogênese MLBs; e, genes relacionados com a síntese de novos carboidratos, envolvidos com o remodelamento da parede celular. As vias de sinalização fenilpropanóide, ácido linoleico e glicerolípideos foram associadas com a resposta de resistência das plantas do genótipo Ouro Vermelho. Por outro lado, no genótipo suscetível, a sinalização mediada por auxina e a expressão de genes relacionados ao processamento e transporte de açúcares tiveram destaque. Redes de co-expressão dos genes de resistência e suscetibilidade foram elaboradas, e com isso, pode-se verificar maior conexão entre os genes associados à resistência, formando uma rede maior e robusta. Com isso, considerando a especificidade do controle genético da resistência em patossistemas envolvendo diferentes raças, este trabalho apresenta um panorama de resposta à raça 65, tão relevante no cenário econômico de produção da cultura do feijoeiro no Brasil. Quanto ao estudo da família PvRLK-LRR, foi analisado todo o genoma de P. vulgaris, permitindo a identificação e classificação de 230 PvRLK-LRRs em 15 subfamílias diferentes. As análises de estruturas gênicas, domínios conservados e motivos foram realizadas e sugeriram uma organização e composição estrutural consistente de proteínas de uma mesma subfamília. A localização cromossômica desses genes foi predita, e os genes PvRLK-LRR distribuídos entre os 11 cromossomos da espécie, incluindo regiões de proximidade com marcadores de resistência à antracnose. Ao investigar os eventos de duplicação dentro da família, notou-se a importância desse evento em sua expansão, resultante, principalmente, de seleção estabilizadora. Também foi realizada a análise das regiões promotoras, que deu destaque aos elementos cis associados à resposta da planta ao estresse biótico. Com relação ao padrão de expressão de PvRLK-LRRs em resposta à infecção por C. lindemuthianum, foi possível destacar vários genes diferencialmente expressos nesta subfamília. Nossas análises permitiram profunda caracterização estrutural e funcional do PvRLK-LRRs, e a sua participação direta nos mecanismos de resistência à antracnose, destacando subfamílias relevantes para futuras investigações.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - WELISON ANDRADE PEREIRA (Membro)
Externo à Instituição - RENATO COELHO DE CASTRO VASCONCELLOS - N/A (Suplente)
Interno - LUCIMARA CRUZ DE SOUZA (Suplente)
Externo ao Programa - LUCIANO VILELA PAIVA - DQI/ICN (Membro)
Externo à Instituição - LARISSA CARVALHO COSTA - USDA (Membro)
Externo à Instituição - JOSÉ CLEYDSOON FERREIRA DA SILVA - UW-Madison (Membro)
Interno - ELAINE APARECIDA DE SOUZA (Membro)
Notícia cadastrada em: 10/04/2023 14:38
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