Banca de QUALIFICAÇÃO: MARIA CLARA CARLI

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARIA CLARA CARLI
DATA: 19/12/2023
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

ANÁLISE GENÔMICA AMPLA DA FAMÍLIA GÊNICA PGIP E SUA ATUAÇÃO NA RESISTÊNCIA DE PLANTAS À DOENÇAS

PALAVRAS-CHAVES:

Inibidores de poligalacturonases; Interação planta-patógeno; Domínios proteicos; Estrutura gênica; Análise filogenética 

PÁGINAS: 35
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitotecnia
ESPECIALIDADE: Melhoramento Vegetal
RESUMO:

As proteínas inibidoras de poligalacturonase (PGIP) são proteínas liberadas pelas plantas na presença de enzimas poligalacturonases (PG) liberadas por diversos fitopatógenos, principalmente pelos fungos, durante o momento da infecção no tecido vegetal. A PGIP, pertencente à família das proteínas com repetições ricas em leucina, possui uma região em sua molécula que interage especificamente com a PG fúngica. Quando a PG inicia a degradação da parede celular, fragmentos de oligogalacturonideos são acumulados no meio, sinalizando bioquimicamente para a planta a necessidade de produção de PGIPs. Estas PGIPs inibem a ação das PG’s e dificultam a infecção e colonização da planta, pelo fungo, atuando então, como um mecanismo de defesa. Dada a relevância da possibilidade de criação de uma ferramenta ou metodologia, que permita a predição ou o aumento de resistência das plantas às doenças, pesquisas acerca do tema são de alta valia no mercado agrícola. Neste estudo, a fim de caracterizar a família gênica PGIP e suas proteínas, análises in silico foram realizadas. Com uma seleção de PGIPs publicadas na literatura, de efeitos confirmados quanto à inibição das PGs fúngicas em plantas, foram obtidas a partir dos bancos de dados Phytozome e NCBI, sequências de aminoácidos, nucleotídeos e regiões CDSs de genes PGIPs de 30 espécies vegetais diferentes, além de 11 regiões promotoras. Em posse dessas informações, foi realizado o alinhamento de múltiplas sequências de aminoácidos e a construção de uma árvore filogenética, a qual permitiu a observação das homologias entre as 38 PGIPs juntamente de um grupo externo, uma briófita (Ceratodon purpurus). Tendo como base a ordem de classificação das PGIPs pela árvore filogenética, foi realizada a caracterização das propriedades bioquímicas das proteínas, número de aminoácidos, peso molecular, ponto isoelétrico e composição percentual dos aminoácidos, o qual resultou em alta frequência de leucina em todas as PGIPs analisadas. Ao buscar os domínios das PGIPs, 3 domínios funcionais conservados foram encontrados, o LRRNT_2, LRR_4 e LRR_8. No entanto, estes domínios juntos não constituem todas as proteínas. As composições delas são variadas entre eles. Verificou-se que em quase todas as PGIPs analisadas, a expressão delas ocorre de forma extracelular. Apenas NtaPGIP1, NtaPGIP2 e PpePGIP1 possuem expressão intracelular, sendo as 2 primeiras na mitocôndria e a última no núcleo celular. Quando avaliados os motivos conservados das proteínas, foram identificados 15 motivos, com alguns bem característicos em determinadas famílias botânicas. Os motivos 2, 4 e 5 foram conservados em todas as 38 angiospermas analisadas. Ao se estudar a estrutura dos genes PGIPs, foi verificado que a maioria deles não possui íntrons, sendo apenas 6 PGIPs que os possuem. No estudo dos promotores, foram identificados 73 elementos cis, sendo os mais frequentes os relacionados à transcrição do mRNA (TATA-box (36,4%), CAAT-box (28,78%) e AT~TATA-box (3,61%). Os resultados deste estudo possibilitou aumentar o nível de esclarecimento sobre as proteínas da família PGIP e seu potencial de atuação em diferentes patossistemas.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - WELISON ANDRADE PEREIRA (Membro)
Externo à Instituição - RENATO COELHO DE CASTRO VASCONCELLOS - N/A (Membro)
Externo à Instituição - RENAN TERASSI PINTO - FFCLRP (Membro)
Externo à Instituição - RAFAEL OLIVEIRA MOREIRA - UFLA (Suplente)
Interno - EVANDRO NOVAES (Membro)