DESCRIÇÃO DO CRESCIMENTO DA MASSA SECA DA PLANTA DE MILHO
CONSIDERANDO A CULTURA ANTECESSORA POR MODELOS NÃO LINEARES
milho, palhadas de cobertura, modelos não lineares, regressão.
O milho é o cereal mais produzido no mundo, sendo utilizado tanto na alimentação humana quanto animal. O Brasil ocupa o ranking de terceiro maior produtor mundial e o segundo maior exportador dessa cultura. Porém, apesar de sua grande importância para o agronegócio brasileiro, a produtividade dessa cultura ainda é considerada baixa, sendo assim, faz-se necessário o estudo do crescimento das plantas de milho, o que pode auxiliar no manejo adequado da cultura e, consequentemente, no aumento da produtividade. O crescimento vegetal apresenta comportamento sigmoidal, o qual é bem ajustado através de modelos não lineares. Com isso, este trabalho teve como objetivo comparar o ajuste dos modelos não lineares Logístico, Gompertz e von Bertalanffy aos dados de acúmulo de massa seca total, dos colmos, das folhas e das espigas em plantas de milho, em grama/m2, cultivadas com palhadas de cobertura oriundas de feijão comum, milheto e Brachiaria brizantha em relação aos dias após a emergência das plantas. Os dados analisados foram obtidos de Oliveira et al. (2013). O experimento foi conduzido no verão do ano agrícola 2007/2008, na Fazenda Capivara, localizada no município de Santo Antônio de Goiás (GO). Os pressupostos de normalidade, homocedasticidade e independência residual foram verificados com os testes de Shapiro-Wilk, Breusch-Pagan e Durbin-Watson, respectivamente, considerando uma estrutura de erros autorregressiva AR(1) e heterocedasticidade de variâncias, quando necessários. Os modelos foram ajustados pelo método de mínimos quadrados utilizando o algoritmo de Gauss-Newton por meio do software R. A qualidade do ajuste foi avaliada com base nos valores do coeficiente de determinação (R2), do desvio padrão residual (DPR) e do critério de informação de Akaike (AIC). Os modelos não lineares utilizados descreveram adequadamente o crescimento da massa seca da planta de milho considerando a cultura antecessora, tendo os modelos Gompertz e von Bertalanffy apresentado os melhores ajustes para a massa seca dos colmos, os modelos Logístico e von Bertalanffy para a massa seca das espigas, o modelo Gompertz para a massa seca das folhas e os modelos Gompertz e von Bertalanffy para a massa seca total, com base nos avaliadores de qualidade utilizados. Na cultura antecessora de feijão comum ocorreu maior acúmulo de massa seca dos colmos e folhas de milho.