PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DO SOLO Portuguese Version Spanish Version French Version

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Banca de QUALIFICAÇÃO: GABRIELLY NAYARA TAVARES SILVA RODRIGUES

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: GABRIELLY NAYARA TAVARES SILVA RODRIGUES
DATA: 31/01/2025
HORA: 08:00
LOCAL: UFLA - Departamento de Ciência do Solo
TÍTULO:

Reciclagem de potássio de resíduos orgânicos e urina para a
produção de biocarvões projetados para uso como
fertilizantes


PALAVRAS-CHAVES:

Compósitos; Fertilizantes potássicos de liberação lenta; Reciclagem
de K; Biocarvões projetados; estruvita.


PÁGINAS: 23
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Ciência do Solo
ESPECIALIDADE: Química do Solo
RESUMO:

O potássio (K) é o um dos nutrientes mais requeridos pelas plantas, o qual
participa na ativação de enzimas, na abertura e fechamento de estômatos e no transporte
de carboidratos. Solos altamente intemperizados, como os do Brasil, são pobres em K e,
por isso, demandam altas aplicações de K para a correta fertilização das culturas. O
fertilizante potássico mais utilizado no Brasil e no mundo, o KCl, além de ser produzido
em poucos países e ter alto custo, possui liberação rápida do K, alto índice salino e alto
teor de Cl, que podem prejudicar a germinação e o desenvolvimento das culturas,
requerendo uma aplicação adequada ou a sua substituição por outras fontes de K. Os
resíduos orgânicos são fontes potenciais para uso como fertilizantes potássicos.
Contudo, seu uso deve ser planejado e bem avaliado, uma vez que podem ser via de
contaminantes químicos e biológicos. A aplicação de resíduos sólidos, como restos
agrícolas, dejetos de animais e resíduos de atividades humanas, como o lodo de esgoto,
na agricultura já é bem consolidada, contudo, os benefícios dessa aplicação são de curto
prazo, principalmente em países tropicais, os quais apresentam altas temperaturas e
precipitações, que apresentam taxas altas de decomposição da matéria orgânica. E o
aproveitamento de resíduos líquidos, como a vinhaça, efluentes da suinocultura e esgoto
sanitário (urina humana), além de ser custoso, devido a necessidade de tratamento
prévio e a grande diluição dos nutrientes, também deve seguir legislações ambientais
para evitar o risco de contaminação ambiental. Por isso, estudos avaliando a aplicação
de biocarvão em solos tropicais com a intensão de melhorar sua fertilidade e seu uso
como adsorvente de nutrientes e elementos potencialmente tóxicos de resíduos líquidos
se intensificaram nas últimas duas décadas. O biocarvão (BC) é o material resultante da
pirólise de materiais orgânicos na ausência total ou parcial de oxigênio. As
características físico-químicas do BC dependem diretamente da biomassa e da
temperatura de pirólise, por isso, podem ser intencionalmente modificadas para a
obtenção de um material rico em determinado nutriente e/ou com propriedades
condicionadoras. Além da escolha da biomassa e da temperatura de pirólise, alguns
tratamentos também podem ser realizados antes ou após a pirólise para a melhoria de
alguma característica, como por exemplo, a copirólise de biomassas com fertilizantes
minerais, para o enriquecimento de nutrientes, e a oxidação do biocarvão para a
formação de grupos funcionais e aumento da sua capacidade de adsorção. Nesse
sentido, encontrar matérias-primas ricas em K que possam ser utilizadas puras para a
produção de fertilizantes potássicos à base de biocarvão e combinar essas matérias-
primas com uma fonte mineral de K pode ser uma estratégia ambientalmente eficaz e
adequada para a reciclagem de K dos principais resíduos produzidos no Brasil. Além
disso, biocarvões projetados para terem alta capacidade de adsorção podem ser
utilizados como adsorventes para a retenção de potássio proveniente de resíduos
líquidos. Sendo assim, esse trabalho teve como principais objetivos: i) avaliar a
influência da matéria-prima e da temperatura de pirólise no teor e retenção de potássio
dos biocarvões, ii) avaliar a influência da copirólise de diferentes matérias-primas com
o KCl (compósitos) na cinética de liberação de K em solução, iii) avaliar a eficiência
dos biocarvões produzidos em fornecer K, de forma mais lenta e sustentável, para o
crescimento de milho cultivado em dois solos, contrastantes em fertilidade e textura, em
casa de vegetação, iv) avaliar os fatores que influenciam a recuperação do K da urina
humana (resíduo líquido) via precipitação da estruvita potássica, v) avaliar a influência

de diferentes biomassas na produção de biocarvão capaz de reter a estruvita potássica
recuperada da urina humana, e vi) avaliar diferentes tratamentos no biocarvão que
aumentem a capacidade de retenção da estruvita potássica proveniente da urina humana.


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - RONALDO FIA - DAM/EENG (Membro)
Presidente - RENATA ANDRADE REIS (Membro)
Interno - LEONIDAS CARRIJO AZEVEDO MELO (Membro)
Interno - EVERTON GERALDO DE MORAIS - UFLA (Suplente)
Interno - BRUNO MONTOANI SILVA (Membro)
Notícia cadastrada em: 16/12/2024 18:24
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