Banca de DEFESA: VÍCTOR MANUEL MACHADO COSTA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VÍCTOR MANUEL MACHADO COSTA
DATA: 28/04/2025
HORA: 08:00
LOCAL: anfiteatro 01
TÍTULO:

MACROFAUNA E MESOFAUNA DO SOLO EM CAFEZAIS E ÁREAS DE CERRADO ADJACENTES NO MUNICÍPIO BRASILEIRO MAIOR PRODUTOR DE CAFÉ

PALAVRAS-CHAVES:

manejo não convencional; manejo convencional; biodiversidade; bioma brasileiro, atributos físico-químicos do solo

PÁGINAS: 115
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Ciência do Solo
ESPECIALIDADE: Microbiologia e Bioquímica do Solo
RESUMO:

O café é uma das culturas que se destacam no cenário mundial. No Brasil, o café tem grande importância cultural e econômica. O cafeeiro é uma planta complexa que depende de inúmeros fatores para apresentar uma boa produtividade e grãos de qualidade. Muitos desses fatores são devido a localização e clima nos quais a planta é cultivada. Com uma grande extensão territorial, o Brasil apresenta diversos tipos de climas e biomas capazes de produzir café com diferentes características. O Cerrado é o segundo maior bioma em extensão no país com características climáticas favoráveis ao plantio do café. Porém, esse bioma está sendo rapidamente degradado devido a intervenções humanas o que leva ao empobrecimento do solo. O solo, por sua vez, é essencial a planta de café de modo que melhorar suas características químicas, físicas e biológicas impacta diretamente no desenvolvimento da cultura. A fauna do solo é um dos fatores que pode indicar a qualidade e níveis de degradação do solo. Isso ocorre porque a macro e mesofauna são capazes de melhorar a estrutura do solo, bem como são responsáveis por processos como decomposição da matéria orgânica, ciclagem de nutrientes, e controle biológico. Nesse contexto, esta dissertação teve como objetivo avaliar a influência do manejo do cafeeiro nas comunidades de mesofauna e macrofauna invertebradas do solo e compará-las com as comunidades das áreas de Cerrado adjacentes, como sistema referência, além de verificar sua relação com os atributos físico-químicos do solo. Este estudo foi dividido em duas partes, na primeira é apresentado um levantamento bibliográfico sobre a importância do bioma Cerrado e da cultura do café no Brasil e o efeito da cultura do cafeeiro, e seus diferentes tipos de manejo sobre a macro e mesofauna do solo no Domínio Cerrado. Foram encontrados apenas 16 trabalhos sobre a macro e mesofauna do solo em áreas agrícolas no bioma Cerrado, e somente um deles, em Dourados (MS), estudou áreas de café. Além disso, apenas um artigo foi conduzido no Cerrado mineiro sem comparação com cultura agrícola. Estes artigos utilizaram diferentes métodos de captura da macro e mesofauna e apenas três artigos as relacionaram com atributos físicos e químicos do solo.  Na segunda parte foi apresentado o artigo com resultados do projeto de dissertação. Nesse trabalho utilizamos armadilhas do tipo pitfall para coletar indivíduos da macro e mesofauna do solo em lavouras com cultivo em manejo convencional e em manejo não convencional (sistema regenerativo, biológico e orgânico) e em áreas de Cerrado adjacentes as lavouras.  Foram analisadas a riqueza, abundância, composição e relação dessas variáveis com as caraterísticas físicas e químicas do solo. Encontrou-se maior abundância em áreas de Cerrado adjacentes, seguido por áreas de café não convencional com áreas de café convencional apresentando os menores valores. Em relação a diversidade encontrou-se grupos específicos para cada tipo de manejo do solo como Scorpiones e Pseudoescorpiones no Cerrado. Já em áreas de com café convencional os grupos específicos foram Diplura e Opiliones e para áreas de manejo não convencional encontrou-se Isopoda. Em comum em áreas de manejo não convencional e Cerrado estão Blattodea e Isoptera. Esse trabalho indica que a abundância da macro e mesofauna foi alterada devido ao cultivo de café, tanto no café convencional como no não convencional. A macro e mesofauna do solo foi eficiente como indicador da qualidade do solo, indicando que sistemas não convencionais de café afetam menos negativamente as comunidades macro e mesofauna invertebrada edáfica.

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MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CÁSSIO ALENCAR NUNES - UFLA (Membro)
Presidente - FATIMA MARIA DE SOUZA MOREIRA (Membro)
Externo ao Programa - JULIO NEIL CASSA LOUZADA - DEC/ICN (Suplente)
Externo à Instituição - MÁRCIA RUFINI - UFLA (Suplente)
Interno - TEOTONIO SOARES DE CARVALHO (Membro)