TECNOLOGIAS DE FERTILIZANTES NITROGENADOS ORGANOMINERAIS PARA A CAFEICULTURA
Café, organomineral, liberação controlada, NBPT.
A adubação nitrogenada é um dos principais fatores que determinam o desempenho agronômico na cafeicultura, dada a importância do nitrogênio no metabolismo vegetal, formação de estruturas produtivas e na maximização da produtividade. Entretanto, perdas por volatilização de N-NH₃ comprometem a eficiência do uso do nutriente e acarretam impactos ambientais relevantes. Nesse cenário, o uso de tecnologias como fertilizantes de liberação controlada, inibidores de urease e formulações organominerais tem se mostrado promissor para aumentar o aproveitamento do nitrogênio aplicado, promovendo maior sustentabilidade ao sistema produtivo. Este trabalho teve como objetivo geral avaliar estratégias de manejo da adubação nitrogenada na cultura do cafeeiro, por meio da aplicação de diferentes fontes, doses e formas de parcelamento, considerando a dinâmica de liberação do nitrogênio e as perdas por volatilização no sistema solo-planta-atmosfera. A dissertação está estruturada em três capítulos. No primeiro capítulo, o experimento foi conduzido em casa de vegetação, no Departamento de Ciência do Solo da Universidade Federal de Lavras (UFLA), com o objetivo de avaliar doses crescentes do aditivo inibidor de urease NBPT (0, 500, 1000, 1500 e 2000 mg kg⁻¹ de fertilizante) associadas ao fertilizante organomineral 25-00-00 (25% de N), além de um tratamento controle com ureia convencional (46% de N). O delineamento experimental foi em blocos casualizados, com quatro repetições e 24 parcelas experimentais. Foram avaliadas as perdas por volatilização de N-NH₃, possibilitando a determinação da dose mais eficiente de NBPT para aplicação em campo, que serviu de base para os tratamentos subsequentes. Nos capítulos dois e três, os experimentos foram realizados em lavoura comercial de café, no município de Santo Antônio do Amparo – MG. No segundo capítulo, avaliou-se o manejo da adubação nitrogenada com fertilizante organomineral, considerando duas doses de nitrogênio 70% (252 kg ha⁻¹) e 100% (360 kg ha⁻¹) da recomendação e três formas de aplicação (única, duas ou três vezes), com foco em produtividade e volatilização de N-NH₃. Adicionalmente, investigou-se a eficiência do fertilizante organomineral associado ao inibidor de urease, correspondendo ao tratamento de resposta definido no primeiro capítulo, com o objetivo de verificar ganhos na redução das perdas e na eficiência agronômica do nitrogênio. Já no terceiro capítulo, foi avaliada a eficiência de diferentes tecnologias de fertilizantes nitrogenados, incluindo o organomineral e um blend que combina as tecnologias de inibidor de urease e liberação controlada, com doses crescentes de nitrogênio 50% (200 kg ha⁻¹), 70% (280 kg ha⁻¹) e 100% (400 kg ha⁻¹) da recomendação, com ênfase na curva de liberação do nitrogênio, no controle das perdas por volatilização e na identificação da dose mais eficiente. Além desses, fontes convencionais como ureia e nitrato de amônio foram incluídas para comparação, permitindo uma análise abrangente das estratégias de adubação nitrogenada, visando identificar as opções mais eficientes e sustentáveis para a cafeicultura.