AVANÇOS EM TECNOLOGIAS DE FERTILIZANTES NITROGENADOS PARA O CAFEEIRO
Nitrogênio. Acúmulo de nutrientes. Volatilização. Coffea arábica L
Visando reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aumentar a eficiência do uso de fertilizantes, este estudo avalia o manejo da adubação nitrogenada em em lavouras de café. Destaca-se a eficiência agronômica e ambiental de diferentes tecnologias de fertilizantes nitrogenados, especialmente os estabilizados com inibidores de urease, visando mitigar a volatilização, otimizar a absorção de nitrogênio, maximizar a produtividade e promover a sustentabilidade do sistema produtivo. O primeiro artigo teve como objetivo avaliar perdas de amônia, a atividade da urease no solo e a eficiência de diferentes fertilizantes nitrogenados, com foco na maximização da produtividade e na sustentabilidade da cafeicultura. O segundo artigo analisou o acúmulo e a distribuição de nitrogênio no cafeeiro, além de investigar os efeitos dos fertilizantes nos acúmulos de nitrogênio nos tecidos vegetais no período pós-colheita. Ambos os estudos foram conduzidos em delinemanto blocos casualizados, em delineamento com 3 fatores e 4 repeticoes. , os fertilizantes nitrato de amônio (NA), ureia convencional (UC) e ureia com N-(n-butil) tiofosfórico triamida (UNBPT), aplicados em cinco doses (0, 150, 275, 400 e 525 kg N ha⁻¹). No primeiro artigo, na dose de 150 kg N ha⁻¹, as perdas de N-NH₃ foram maiores na UC (20%), seguidas da UNBPT (16%) e NA (0.87%). Na dose de 400 kg N ha⁻¹, as perdas foram 18% (UC), 16% (UNBPT) e 0.69% (NA), respectivamente. O NA reduziu a volatilização em até 96%, enquanto a UNBPT retardou o pico de perdas em até 3,3 dias, diminuiu a atividade da urease em 92% e mitigou as perdas cumulativas em 45% em comparação com a UC. Tanto o NA quanto a UNBPT reduziram significativamente as emissões de óxido nitroso (N₂O), apresentando fatores de emissão abaixo dos recomendados pelo IPCC. No segundo artigo, Os resultados indicaram que a fertilização nitrogenada contribuiu para maiores acúmulos de biomassa seca, um aumento de 49 t ha⁻¹ para UNBPT, 44 t ha⁻¹ para UC e 43 t ha⁻¹ para NA. O acúmulo total de N no cafeeiro foi de 654 kg ha⁻¹ (UC), 609 kg ha⁻¹ (NA) e 564 kg ha⁻¹ (UNBPT). Nas folhas, o acúmulo variou de 140 a 183 kg N ha⁻¹, enquanto os ramos plagiotrópicos apresentaram os maiores valores, com 358 kg ha⁻¹ (UC) > 340 kg ha⁻¹ (NA) > 285 kg ha⁻¹ (UNBPT). Nos grãos, o acúmulo foi de 83 kg ha⁻¹ e na casca, de 50 kg ha⁻¹. O UNBPT promoveu maior exportação de N (34%) e produtividade (4.660 kg ha⁻¹). Cerca de 33% do N acumulado foi alocado nos ramos plagiotrópicos, seguidos por 26% nas folhas, 21% nos grãos e casca, e 19% nos ramos ortotrópicos. os resultados deste trabalho são relevantes para a compreensão das tendências e variações na produtividade, na resposta à adubação nitrogenada ao longo de diferentes safras, bem como na influência dos fertilizantes nos estoques de nitrogênio no sistema solo-planta, na atividade da urease e no acúmulo de N no cafeeiro. Este estudo se destaca como uma contribuição pioneira, apresentando dados específicos sobre tecnologias aplicadas a fertilizantes nitrogenados na cafeicultura.