Influência de fertilizantes do manejo do milho silagem na qualidade do solo em um Latossolo Amarelo Vermelho no Cerrado mineiro
Doses e fontes de nitrogênio, estoque de cabono, pegada de carbono
A silagem de milho de boa qualidade varia ao longo dos anos em razão de uma série de fatores, tais como a escolha da cultivar, condições edafoclimáticas e de manejo cultural. Dessa forma, o sistema consorciado com braquiária apresenta-se como uma resposta a esses problemas, com aumento de produtividade sem aumento de área ou tempo de produção, diminuindo o impacto direto de ações externas no solo. Assim, objetivou-se avaliar sistemas de produção de milho silagem baseado em consórcio com braquiária e diferentes fontes de nitrogênio visando melhores produção e qualidade de biomassa, e melhor qualidade do solo com ênfase em pegada de carbono. O estudo vem sendo conduzido na Estação de Pesquisa Rehagro (21°15'40.3"S 44°31'02.1"W), no município de Nazareno, Minas Gerais, Brasil. O solo foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo, sendo cultivado há cerca de 14 anos com culturas anuais. A última mobilização de solo (subsolagem) ocorreu em 2020. O delineamento utilizado foi em quatro blocos casualizados em parcelas subdividas. Os tratamentos foram compostos pelos seguintes arranjos: dois sistemas cultivo do milho silagem (milho exclusivo e consorciado com braquiária); duas fontes de nitrogênio (CAN Yarabela e Ureia NBPT); três doses nitrogênio em coberturas (155, 220, 285 kg/ha de nitrogênio). O experimento conta com dois tratamentos adicionais (controle sem nitrogênio –plantio e cobertura–, e ureia comum na dose de 220 kg/ha), totalizando 64 parcelas (10 linhas x 10 m espaçadas 0,25 m). Serão avaliadas a qualidade do solo (química, física e biológica) e os estoques de carbono no solo. Os resultados parciais mostraram que o sistema de milho exclusivo valores de resistência a penetração (RP) máxima nas seguintes camadas de solo: bloco 3 tratamentos NBPT220 (2,94 MPa na profundidade 40-60 cm), CAN220 (2,99 MPa na profundidade 30-40 cm), CAN155 (3 MPa na profundidade 50-60 cm), Ureia (3,02 MPa na profundidade 40-60 cm); bloco 2 tratamento CAN285 (3,12 MPa na profundidade 40-60 cm) e bloco 1 tratamento NBPT285 (2,90 MPa na profundidade 30 – 40 cm). Entretanto, para o bloco 4 os maiores valores de RP foram encontrados para o sistema com consórcio. Os resultados iniciais indicam que o sistema consorciado influencia mais nos atributos do solo do que as fontes de doses de nitrogênio.