USO E EFICIÊNCIA DO USO DE ÁGUA EM PLANTIOS FLORESTAIS DE EUCALYPTUS EM UM GRADIENTE CLIMÁTICO NO BRASIL
Razão isotópica de carbono. Uso da água. Tolerância a seca.
A previsão de um aumento de 1,5 °C nas temperaturas médias globais e mudanças nos regimes de treinamento intensificam a ocorrência de eventos climáticos extremos, ameaçando o desenvolvimento das plantas e causando alterações morfológicas, fisiológicas e bioquímicas. Nesse contexto, a eficiência do uso da água (WUE) é um parâmetro crucial para compreender essas mudanças e desenvolver estratégias silviculturais e de melhoramento genético. Este estudo revisou a produção científica sobre WUE, avaliando tendências, metodologias e distribuição geográfica dos estudos, bem como investigou a WUE de clones de Eucalyptus em diferentes condições edafoclimáticas no Brasil. A análise bibliométrica de 238 artigos revelou um aumento significativo nas publicações sobre WUE desde 2012, com destaque para a Austrália, Brasil e China. As metodologias mais utilizadas incluem análises de gás infravermelho (IRGA), fluxo de seiva e discriminação isotópica de carbono (δ13C), com estudos predominantemente na escala foliar (46,2%). A análise isotópica também foi utilizada na avaliação da WUE de dois clones de Eucalyptus: A1 (Eucalyptus urophylla), de rápido crescimento, e C3 (Eucalyptus grandis × E. camaldulensis), tolerante à seca. O clone A1 apresentou maior eficiência hídrica e produtividade, enquanto o C3, embora tolerante, mostrou menor WUE. Os resultados destacam a relevância da δ13C como ferramenta para estimar a WUE e orientar estratégias florestais em regiões secas. Este estudo reforça a importância de compreender os mecanismos de adaptação das florestas às mudanças climáticas.