AVALIAÇÃO DE PLACAS FOTOVOLTAICAS NA AMBIÊNCIA DE UM SISTEMA COMPOST BARN E AVALIAÇÃO DA VOLATILIZAÇÃO DE NH3 SOB APLICAÇÃO DE REMINERALIZANTE EM DIFERENTES CAMAS
Instalações para gado de lete, confinamento, ambiência, cama, cobertura, placas solares
A agropecuária brasileira enfrenta diversos desafios, sobretudo no que tange à utilização de matérias primas renováveis, melhor aproveitamento de resíduos orgânicos, minerais e agroindustriais, minimizando assim os impactos e contaminações ambientais gerados ao longo das cadeias de produção. Nesse sentido, aliar a sustentabilidade a técnicas de manejo que proporcionarão condições para potencializar a produção animal são fundamentais para o avanço dos sistemas produtivos. Este trabalho teve como objetivo avaliar se placas fotovoltaicas instaladas em uma das águas do telhado de uma instalação Compost Barn (CB) influenciam o microclima no interior da instalação e, consequentemente, no ambiente térmico dos animais ali presentes. Ainda, verificar se a adição de aditivos como o gesso, fonolito e glauconito em cama de sistemas CB de diferentes materiais fontes de carbono (C), sendo eles a casca de café e maravalha fina seriam capazes de minimizar a volatilização de amônia (NH3) e ainda contribuir para a melhoria do composto final. Os resultados dos diferentes materiais fontes de C indicaram que camas montadas a partir de casca de café produzem compostos mais ricos no final do processo, porém volatilizam mais NH3. Já os materiais com maior relação C/N, como a maravalha fina, apresentaram resistência à decomposição microbiana, característica desejável quando se trata de materiais suporte para camas de criação animal, sobretudo em sistemas CB onde o material fonte de C permanece na instalação por um maior período de tempo. Em relação à volatilização de NH3 foi possível evidenciar a grande capacidade de conservação de N após a adição do gesso, fonolito e glauconito no material a ser compostado. O gesso, em relação aos compostos controles foi capaz de manter um teor de nitrogênio 1,5 e 1,7 vezes maior na casca de café e maravalha, respectivamente, se destacando sobre fonolito e glauconito.