MORPHOLOGY, CHEMICAL COMPOSITION AND STORAGE OF GRAINS OF Moringa oleifera Lam.
Moringa oleifera, Atividade de água, pós-colheita, ácidos graxos.
A Moringa oleifera tem despertado interesse como cultura agrícola devido à sua versatilidade funcional. Contudo, a carência de estudos abrangentes sobre as características físicas, químicas, processamento e armazenamento dos grãos é notória, o que é crucial para aprimorar os processos e a cadeia produtiva. Assim, com o objetivo de compreender as propriedades dos grãos de Moringa e sua interação com os processos pós-colheita, este estudo teve como objetivo realizar a caracterização física e química dos grãos, bem como analisar a qualidade após o armazenamento, considerando a variação do teor de água. A pesquisa foi conduzida no Departamento de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Lavras, utilizando grãos provenientes do estado do Maranhão com teores de água de 13%, 10% e 7% (b.s). Os grãos foram analisados quanto às suas características físicas, ultraestruturais e químicas. Ainda, foi avaliado o rendimento de extração mecânica do óleo e a qualidade deste para todas as amostras, em função do teor de água. Os grãos foram armazenados em silos bolsa de polietileno por 8 meses. Os resultados demonstraram a ausência de diferenças significativas nos valores morfométricos e nas características químicas do óleo, nos diferentes teores de água. Os grãos com teores de água de 0,10 e 0,13 b.s. apresentaram maior atividade de água, o que significa que havia mais água disponível para interagir com outras substâncias presentes nos grãos. Isso levou a uma maior dificuldade de separação entre a fase aquosa e a fase lipídica, resultando em menor eficiência de extração do óleo durante o processo de extração mecânica. Além disso, após o armazenamento, observou-se uma degradação mais significativa do óleo nos grãos com teores de água inicial mais altos, sugerindo menor estabilidade do óleo em grãos com elevados teores de água.