AVALIAÇÃO DE PLANTIO COM TUBETES E APLICAÇÃO DE CALCÁRIO EM PROFUNDIDADE VIA ÍNDICES DE IMAGENS MULTIESPECTRAIS OBTIDAS POR AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA EM LAVOURAS CAFEEIRAS.
Sensoriamento Remoto. Café. Manejo. Transplantio de mudas. Drone.
O Brasil se destaca mundialmente na produção do café. Nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Espirito Santo a produção representa mais de três quartos da porcentagem total do país. A cafeicultura de precisão se apresenta como abordagem eficaz para manter o país com números elevados na produção e fazer com que os produtores se mantenham competitivos. O sensoriamento remoto e as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARPs) são capazes de juntos aprimorar a forma como é gerida a cafeicultura, favorecendo redução de uso de insumos e de passivos ambientais, elevando lucratividade e qualidade do produto. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é avaliar por meio de imagens multiespectrais de alta resolução, obtidas por ARP e índices de vegetação (IV) a eficácia de dois diferentes tipos de manejo implementados no cafeeiro. O estudo vem sendo realizado na Fazenda Samambaia em Santo Antônio do Amparo, MG, onde foram adotadas duas diferentes práticas agrícolas que serão objeto de estudo nesse trabalho e que serão confrontadas com áreas separadas como controle, que seria o convencional para a cafeicultura na propriedade: aplicação de calcário em profundidade (entre 0,60 m e 0,80 m) vs. aplicação de calcário na saia do cafeeiro; plantio com tubete vs. plantio com saquinho de polietileno. Para essa avaliação são realizados voos bimestrais com ARP com posterior processamento das imagens obtidas e medições de altura, diâmetro de copa e teor de clorofila das plantas no campo. Além das imagens, foi realizada análise de solo, para caracterizar as áreas de estudo e serão conduzidas também análises foliares para comparar os resultados com os índices de vegetação e as demais medições de campo e dessa forma avaliar a efetividade da implementação do respectivo manejo. Espera-se que o estudo resulte em uma possibilidade de constatar diferenças ao adotar os manejos avaliados, por meio de ARP, representando dessa forma uma opção significante para o produtor do café e para o cafeeiro em si, interferindo na longevidade e qualidade da lavoura, no produto final e promovendo a conservação do solo.