EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DE FORNALHAS DE FOGO INDIRETO NO PROCESSO DE SECAGEM DE GRÃOS DE SOJA (Glycine max)
secagem industrial; eficiência energética; fornalha indireta; qualidade de grãos; desempenho comparativo.
Este estudo avaliou a eficiência energética de três sistemas de secagem de grãos de soja (A, B e C) acoplados a fornalhas de fogo indireto alimentadas por cavacos de eucalipto. A metodologia consistiu em monitorar três ciclos consecutivos de secagem, medindo parâmetros operacionais (temperatura, consumo energético, teor de água) e avaliando a qualidade dos grãos pós-secagem (germinação, condutividade elétrica, massa específica). Os resultados demonstraram que o Sistema C (250 t/h) foi o mais eficiente globalmente, removendo 33.405 kg H₂O/ciclo com consumo de 2.214 kcal/kg H₂O e teor de água final de 12,66%, devido à sua capacidade térmica superior (fornalha de 12.500.000 kcal/h) e tempo de secagem reduzido (4,9h). Em comparação, o Sistema A (100 t/h) apresentou menor consumo energético (1.264 kcal/kg H₂O) mas produtividade limitada (18,9 t/h), enquanto o Sistema B (100 t/h) teve desempenho crítico (5.105 kcal/kg H₂O; eficiência de 12%) por falhas na combustão. Análises estatísticas revelaram forte correlação (r=-0,998) entre vigor inicial e preservação da qualidade, confirmando que o projeto robusto do Sistema C minimizou danos térmicos. Conclui-se que sistemas de grande porte, quando termodinamicamente otimizados, oferecem o melhor equilíbrio entre produtividade industrial (52,04 t/h), eficiência energética e manutenção das propriedades dos grãos (germinação de 93,25%).