Banca de DEFESA: BIANCA PITALUGA MAGALHÃES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: BIANCA PITALUGA MAGALHÃES
DATA: 17/02/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Anfiteatro do Departamento de Entomologia
TÍTULO:

PAPEL DOS VOLÁTEIS DE EUCALIPTO INDUZIDOS PELA HERBIVORIA NA LOCALIZAÇÃO HOSPEDEIRA DO PARASITOIDE PUPAL Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle, 1993 (Hymenoptera: Eulophidae)

PALAVRAS-CHAVES:

parasitoide pupal; Thyrinteina arnobia; localização do hospedeiro; defesas induzidas.     

PÁGINAS: 41
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Entomologia Agrícola
RESUMO:

Ao serem atacadas por insetos herbívoros, as plantas comumente utilizam de estratégias de defesas induzidas que estimulam a produção de compostos orgânicos voláteis (COVs). Os voláteis de planta induzidos pela herbivoria (HIPVs, sigla em inglês) são muito abundantes e altamente detectáveis, e são utilizados pelos inimigos naturais para a localização de presas e hospedeiros. Essa produção de defesas é regulada por fitormônios, da qual os jasmonatos, como metil jasmonato (MeJA), possuem papel fundamental na amplificação da sinalização do ataque. Os parasitoides podem possuir a capacidade de reconhecer os HIPVs especificamente liberados pelas plantas atacadas pelas suas espécies hospedeiras. Contudo, os parasitoides de pupas enfrentam maiores obstáculos, visto que as pupas geralmente são inconspícuas. Ainda assim, estudos indicam que os parasitoides pupais são atraídos pelos HIPVs emitidos por plantas infestadas pelos estágios larvais de seus hospedeiros. Diante disso, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de analisar qual o papel dos voláteis induzidos pela herbivoria natural (a partir de diferentes ínstares de lagartas de Thyrinteina arnobia (Stoll, 1782) (Lepidoptera: Geometridae)) e pela herbivoria artificial (induzida pela aplicação exógena de duas concentrações de metil jasmonato) no comportamento e preferência olfativa do parasitoide pupal Palmistichus elaeisis Delvare & LaSalle 1993 (Hymenoptera: Eulophidae) em plantas de eucalipto.  A partir de bioensaios de olfatometria de tubo Y, foi avaliada a preferência de fêmeas de P. elaeisis frente a plantas tratadas vs. plantas controle, e em seguida, os voláteis emitidos pelas plantas foram coletados, identificados e quantificados.  Foi possível observar que as fêmeas foram repelidas pelas plantas com MeJA 3.0 mM, enquanto as plantas com MeJA 4.5 mM geraram atração. Entretanto, a emissão dos compostos de defesa pela planta não foi diferente significativamente entre os tratamentos, tanto de forma qualitativa, quanto quantitativa. Com relação à herbivoria de lagartas, as fêmeas não distinguiram entre plantas controle e plantas com lagartas de segundo instar. Porém, quando expostas às plantas infestadas com lagartas de quinto instar, as fêmeas preferiram as plantas com herbivoria. A emissão de voláteis pelas plantas infestadas com lagartas velhas foi quantitativamente diferente da emissão de plantas com lagartas jovens e plantas controle. Nosso trabalho mostrou que os parasitoides são atraídos pelo MeJA de maneira dose-dependente, assim, a depender da concentração utilizada, o terceiro nível trófico responderá de forma diferente. Corroborando nossa hipótese inicial, os parasitoides foram atraídos pelos voláteis emitidos por plantas com lagartas mais velhas, o que nos indica que os parasitoides pupais usam os HIPVs, mesmo não sendo pistas derivadas do estágio alvo do parasitismo, durante seu forrageamento para localizar seus hospedeiros.   

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - NANCY DEL CARMEN BARRETO TRIANA - USP (Suplente)
Presidente - MARIA FERNANDA GOMES VILLALBA PENAFLOR (Membro)
Externo à Instituição - FERNANDA MOREIRA ANDRADE - UFLA (Membro)
Externo à Instituição - CAROLINE SILVA DE ABREU - CENIBRA (Membro)
Interno - BRUNO HENRIQUE SARDINHA DE SOUZA (Suplente)