Banca de DEFESA: RÉGIS FIORINI SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RÉGIS FIORINI SOUZA
DATA: 07/07/2025
HORA: 14:00
LOCAL: Anfiteatro do Centro de Biodiversidade e Patrimônio Genético da UFLA
TÍTULO:

Estudo taxonômico e ecológico da fauna de Pompilidae (Hymenoptera) do Cerrado do sul de Minas Gerais e associação sexual e descrição do macho de Braunilla nigrina (Banks, 1946) (Pompilidae, Pompilinae)

PALAVRAS-CHAVES:

vespas caça aranha, composição faunística, ecologia de comunidades, taxonomia

PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Biológicas
ÁREA: Zoologia
SUBÁREA: Taxonomia dos Grupos Recentes
RESUMO:

A família Pompilidae (Latreille, 1804), pertencente à ordem Hymenoptera, constitui um grupo monofilético composto por vespas solitárias, conhecidas por sua especialização como predadoras e provisionadoras de aranhas. As fêmeas ovipositam um único ovo externamente sobre o abdome da aranha paralisada, que servirá como fonte de alimento para a larva em desenvolvimento. No Brasil, essa família é representada por 361 espécies distribuídas em 38 gêneros, organizadas em quatro subfamílias. Entretanto, os estudos envolvendo aspectos como composição faunística, ecologia e taxonomia de Pompilidae ainda são escassos no país, sendo geralmente restritos a determinadas regiões, como a Amazônia e a Mata Atlântica. Biomas como o Cerrado, que compreende aproximadamente 25% do território nacional (cerca de 2 milhões de km²), permanecem pouco explorados nesse contexto, apesar de sua elevada heterogeneidade fitofisionômica. Diante dessa lacuna, o presente estudo teve como objetivo investigar a fauna de vespas caçadoras de aranhas (Pompilidae) no Cerrado do sul de Minas Gerais. As coletas foram realizadas em duas fitofisionomias distintas — Cerrado sensu stricto e Mata de Galeria — localizadas no Parque Ecoturístico Trilha do Sol (Capitólio) e na Reserva Biológica Unilavras – Boqueirão (Ingaí). Utilizaram-se técnicas de amostragem recomendadas para a captura de himenópteros. Foram coletados 403 indivíduos, distribuídos em 64 espécies e 16 gêneros, representando todas as subfamílias de Pompilidae registradas no Brasil. As espécies mais abundantes foram Ageniella apicipennis, Ageniella sp.2, Notocyphus sp.1, Braunilla nigrina e Euplaniceps sp.1. As análises ecológicas, por meio de curvas de extrapolação e interpolação, indicaram que o esforço amostral empregado não foi suficiente para atingir a estimativa total da riqueza local de espécies. Embora não tenha sido detectada diferença significativa nos índices de diversidade entre as áreas estudadas, a análise de Escalonamento Multidimensional (NMDS) evidenciou a formação de agrupamentos distintos entre as comunidades, com diferenças significativas na composição faunística entre fitofisionomias e áreas amostradas. A espécie Braunilla nigrina (Banks, 1946) foi registrada em ambas as localidades e, com base em análises morfológicas, foi possível associar morfologicamente machos e fêmeas, permitindo a descrição inédita do macho e a redescrição da fêmea. Conclui-se que um maior esforço amostral é necessário para se alcançar uma estabilidade nas estimativas de riqueza por meio das curvas de rarefação. Os resultados indicam que os pompílideos apresentam ampla plasticidade ecológica, estando presentes em distintas fitofisionomias do Cerrado. Estudos regionais como este são fundamentais para o avanço do conhecimento taxonômico e ecológico da família no Brasil, especialmente ao revelar registros relevantes, como a contribuição descritiva fornecida para B. nigrina.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CECILIA WAICHERT MONTEIRO - UnB (Membro)
Externo à Instituição - JULIANO FIORELINI NUNES - UEMG (Suplente)
Interno - LETICIA MARIA VIEIRA (Suplente)
Externo à Instituição - ROGÉRIO BOTION LOPES - FFCLRP (Membro)
Presidente - MARCEL GUSTAVO HERMES (Membro)