Banca de QUALIFICAÇÃO: JÚLIA FLÓRIO PIRES DE ANDRADE

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JÚLIA FLÓRIO PIRES DE ANDRADE
DATA: 10/12/2025
HORA: 14:30
LOCAL: Anfiteatro da Entomologia - formato híbrido
TÍTULO:

Efeitos da composição da paisagem e de fatores microclimáticos nos serviços ecossistêmicos de controle do bicho-mineiro-do-cafeeiro (Leucoptera coffeella Guérin-Mèneville, 1842)

PALAVRAS-CHAVES:

ecologia de paisagens, controle biológico conservativo, serviços de regulação, Coffea arabica L.

PÁGINAS: 17
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Entomologia Agrícola
RESUMO:

A composição e a heterogeneidade da paisagem exercem forte influência sobre a dinâmica de pragas e de seus inimigos naturais em agroecossistemas tropicais. Este estudo avaliou como a proporção de habitats  naturais e fatores microclimáticos locais afetam a infestação, predação e parasitismo do bicho-mineiro-do-cafeeiro Leucoptera coffeella Guérin-Mèneville, 1842, além da riqueza, abundância e diversidade de himenópteros parasitoides. Foram testadas as hipóteses de que a infestação diminuiria com o aumento da cobertura natural e que as taxas de predação, parasitismo e diversidade de parasitoides seriam maiores em paisagens com maior proporção de habitats naturais. O estudo foi conduzido em oito paisagens cafeeiras delimitadas por buffers de 3 km, localizadas no sul de Minas Gerais, Brasil. A incidência e a predação foram avaliadas em folhas de café, enquanto o parasitismo foi determinado pela emergência de parasitoides em laboratório. A coleta de parasitoides em campo foi realizada com armadilhas do tipo pan trap, instaladas por 48 horas nas matrizes cafeeiras. Os fatores microclimáticos, temperatura e umidade, foram aferidos por aparelho do tipo datalogger. Encontramos uma correlação negativa entre infestação e cobertura de habitats naturais, corroborando parcialmente a hipótese inicial. A predação correlacionou-se negativamente com a cobertura natural e a umidade. Esse padrão sugere que a infestação declinou em decorrência da relação densidade-dependente da predação, na qual a intensidade do ataque de inimigos naturais acompanha a disponibilidade de presas até certo ponto, decaindo à medida que as populações da praga se tornam escassas. De forma complementar, a heterogeneidade moderada da paisagem parece favorecer o equilíbrio entre a disponibilidade de recursos e a concentração de inimigos naturais. Além disso, fatores microclimáticos podem ter limitado a atividade predatória.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - LUIS CLAUDIO PATERNO SILVEIRA (Membro)
Interno - LETICIA MARIA VIEIRA (Membro)
Externo ao Programa - HELOISA OLIVEIRA DOS SANTOS - DAG/ESAL (Membro)
Externo à Instituição - GABRIEL DE CASTRO JACQUES - IF MG (Suplente)
Externo à Instituição - BRUNO ALMEIDA DE MELO - IFPA (Membro)