MISTURA EM TANQUE
mistura em tanque; fungicidas; fertilizantes;
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. Devido a prática da agricultura intensiva em clima tropical e solos geralmente pouco férteis e ácidos, ocorre o aumento de problemas fitossanitários. Doenças, pragas e plantas daninhas são os principais fatores limitantes de produtividade. Além do mais a ocorrência dessas pragas ocorrem simultaneamente no campo, tornando o controle difícil e caro, pois não se encontra no mercado um produto especifico com ação capaz de controlar esse conjunto de problemas. Com a intenção da redução de danos e custos e otimização de tempo, a prática de mistura de produtos agroquímicos em tanque tem sido largamente utilizada, no Brasil, pois se torna viável ao produtor, devido a redução do número de pulverizações, resultados rápidos, menores custos por economia com mão de obra, desgaste de maquinários, consumo de combustíveis e emissão de carbono e danos à copa das culturas, além de outros benefícios. Porém, as misturas podem sofrer alterações físico-químicas, devido a incompatibilidade de diferentes ingredientes ativos presentes na calda, acarretando problemas no maquinário utilizado para aplicar os produtos, perda de eficácia dos ingredientes ativos misturados e aumento da toxicidade, causando danos a plantas. A prática de mistura em tanque sempre foi algo presente nas propriedades rurais do país. Porém, sua regulamentação só ocorreu no ano de 2018, segundo a Portaria 148 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Devido a essa diferença de tempo entre o uso e a regulamentação ocorreu escassez de informações e conhecimento sobre a prática. Pesquisas realizadas citam o interesse da maioria dos produtores sobre informações da mistura em tanque. Diante disso, esta revisão tem por objetivo destacar e reunir as informações e trabalhos já realizados sobre esse tema.