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Banca de DEFESA: MARTHONY DORNELAS SANTANA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARTHONY DORNELAS SANTANA
DATA: 22/09/2023
HORA: 09:00
LOCAL: sala de reunião do google meeet
TÍTULO:

NANOPARTICLES IN THE MANAGEMENT OF GRAPE POWDERY MILDEW


PALAVRAS-CHAVES:

nanopartículas, oídio, nutrição mineral


PÁGINAS: 60
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Fitopatologia
RESUMO:

Entre as frutas, a uva é destaque mundial quanto a sua comercialização, importância social e produção, superando 79 milhões de toneladas (FAOSTAT, 2022). Além do consumo in natura, pode ser utilizada para produzir vinhos, bebidas destiladas, passas, sucos, óleos e processados para uso farmacêutico (OLIVEIRA et al., 2017). O Brasil detém 1,8% da produção mundial de uvas com 1,59 milhões de toneladas (FAOSTAT, 2022). Essa produção está concentrada nas regiões Sul (60,5 %) e Nordeste (17%) do país, representando a principal atividade agrícola na geração de empregos por área cultivada (LEÃO e POSSÍDIO, 2000; ARRUDA et al., 2021). No Nordeste, especificamente no vale do rio São Francisco, representa uma das principais fontes de empregabilidade e sustentabilidade social. O crescimento sustentável e a competitividade da viticultura brasileira nas atuais e potenciais zonas de produção dependem do uso de cultivares adaptadas, cuja produção atenda a demanda do mercado. Entretanto, as doenças da videira constituem fator limitante para cultivar novas áreas e para manter a produção atual no campo. Algumas dessas doenças, causadas por fungos, bactérias, vírus e nematoides, são responsáveis por perdas de aproximadamente 85% da produção (ANGELOTTI et al., 2017). Dentre as doenças, as de etiologia fúngica são as de maior importância para a cultura da uva, destacando-se o oídio (Erysiphe necator Schw), o míldio (Plasmopara vitícola (Berk. & Curt) Berl. & Toni), as podridões de cachos (Glomerella cingulata (Stonem) Spauld e Schrenk), (Botrytis cinérea Pers. Fr.), a antracnose (Elsinoe ampelina (de Bary) Shear) e a ferrugem (Phakopsora euvitis Ono) (LIMA et al., 2009). O oídio da videira (Erysiphe necator Schw) é considerada uma das mais relevantes à cultura, devido aos danos ocasionarem perdas de até 100% da produção, devido à seca de inflorescências, bagas, brotações e folhas (ALMANÇA; LERIN; CAVALCANTI, 2015; ANGELOTTI et al., 2017). Segundo Almança, Lerin e Cavalcanti (2015), no Brasil, as regiões produtoras de uvas estão inseridas em locais onde as condições de ambiente são favoráveis ao oídio. Porém, no Nordeste, a severidade da doença é intensificada, devido ao período seco prolongado, com baixa umidade relativa do ar, na maioria dos meses do ano, favorecendo o patógeno (LIMA et al., 2009). Essas condições se intensificam ainda mais na região do Vale do São Francisco, localizado no sertão pernambucano, próprio ao crescimento vegetativo das plantas de videira, tornando-o contínuo, não paralisando a atividade fotossintética. Essa região situa-se entre 9 e 10º de latitude sul, sendo a mais próxima do equador em todo o mundo. Além disso, é caracterizado por clima tropical semiárido, com médias de precipitação anual de 505 mm, umidade relativa de 60,7% e temperatura de 26,7°C (RIZZZON; MANFROI, 2006; SANTOS et al., 2007). Sendo assim, devido a importância do patossistema videira/oídio nessas condições edafoclimáticas torna-se necessário o melhor entendimento sobre sua epidemiologia e danos causados. Para isso é fundamental elaborar, planejar, implementar e avaliar estratégias de manejo, de modo a verificar a eficácia e aceitação das medidas de controle recomendadas (FERNANDES et al., 2006). Tanto no mercado interno, quanto do agronegócio globalizado, a sociedade solicita o emprego de métodos de controle de doenças e pragas de maneira a interferir o menos possível no ambiente e de forma a manter a cultura, a estabilidade social e a financeira dos envolvidos na produção agrícola. Atualmente, os métodos mais utilizados no controle do oídio são o genético, o químico e o cultural (PRAJONGJAI et al., 2014; TOFFOLATTI et al., 2016). No manejo de alta produtividade, o os fungicidas são utilizados como medida de controle (NEFIT, 2019). Entretanto, o emprego dessas moléculas de forma contínua favorece a seleção de raças, estirpes ou isolados resistentes. Além disso, o mercado global solicita cada vez mais o emprego desses produtos baseado em monitoramento de condições favoráveis e do nível de controle no campo, integrado com novos métodos de controle, para aumentar a segurança alimentar e reduzir os resíduos de fungicidas de acordo com os novos limites de resíduos solicitados por países importadores. Sendo assim, os métodos culturais compõem boa opção para complementar o controle químico, entre eles está a nutrição equilibrada dos nutrientes minerais, por influenciarem a anatomia e a composição química das células vegetais, as quais podem aumentar ou reduzir a resistência das plantas aos patógenos bem como constituir barreiras de resistência horizontais, físicas e/ou químicas (PÉREZ et al., 2020; PÉREZ et al., 2019; DORNELAS et al., 2015; PINHEIRO et al., 2011). Existem relatos na literatura sobre o uso da adubação com macro e micronutrientes reduzindo a intensidade de doenças em diversas culturas, entre elas, a cultura do milho (CARVALHO et al., 2013), do café (PÉREZ et al., 2020; CATARINO et al., 2016; GARCIA JÚNIOR et al., 2003; POZZA et al., 2001), da soja (PINHEIRO et al., 2011) e do feijão (GONTIJO NETO et al., 2016). De outro lado, BALDWIN (1966) e GIOVANINI (2008) observaram plantas de videira menos suscetíveis ao míldio e cancro bacteriano por apresentarem boa nutrição com N, P, K, Ca e Mg, embora não tenham estudado especificamente o efeito da nutrição mineral no controle dessas doenças. Recentemente a literatura tem descrito a aplicação de nanopartículas (NPs) como inovação na nutrição mineral, bem como alternativa de métodos ambientalmente corretos e sustentáveis fornecendo benefícios aos órgãos de plantas por proporcionar maior eficácia no controle de patógenos. Algumas características descritas para essas novas fontes são a alta relação superfície/volume reduzindo as doses necessárias de nutrientes, além de aumentar a expressão de compostos de defesa do hospedeiro (AUFFAN et al., 2009; SURYAVANSHI et al., 2017; SUN et al., 2018). Estudos com algumas NPs de elementos essenciais ou não, em diversos patossistemas, demonstraram eficácia no manejo de diversos patógenos, entre elas o Cu (ELMER e WHITE, 2016; SERVIN et al., 2015; GIANNOUSI et al., 2013; WANG et al., 2012), o Si (SURIYAPRABHA et al., 2014), o Mn (ELMER e WHITE, 2016) e o Zn (GRAHAM et al., 2016). Diante do exposto, o objetivo desse estudo foi avaliar NPs de óxidos metálicos e metaloides de micronutrientes em ensaios in vitro e in vivo para o patossistema de Erysiphe necator.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ADAILSON FEITOZA DE JESUS SANTOS - UNEB (Suplente)
Externo à Instituição - DEILA MAGNA DOS SANTOS BOTELHO - UFLA (Suplente)
Externo à Instituição - HELON SANTOS NETO - EMBRAPA (Membro)
Externo à Instituição - HUMBERSON ROCHA SILVA - UFPE (Membro)
Interno - CAROLINA DA SILVA SIQUEIRA (Membro)
Interno - PAULO ESTEVAO DE SOUZA (Membro)
Presidente - EDSON AMPELIO POZZA (Membro)
Notícia cadastrada em: 12/09/2023 16:39
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