MOLECULAR DOCKING OF INDOLIN-2- ONE COMPOUNDS AS PROMISSING DUAL AURORA B/flt3 INHIBITORS AS ANTICANCER AGENTES
Aurora B quinase. Inibidores de Aurora B quinase. Inibidores de FLT3. Derivados indolin-2-ona. Câncer. Inibidores duais Aurora B/FLT3. Leucemia mieloide aguda. Química medicinal. Compostos anticâncer. Química computacional. Docking.
Aurora quinases desempenham importantes funções em mamíferos, principalmente no ciclo celular. A superexpressão dessas enzimas está relacionada ao desenvolvimento de tumores, sendo também indicativa de piora das condições clínicas dos pacientes diagnosticados. Aurora quinases são alvos promissores na busca de novos fármacos anticâncer, com destaque para Aurora B. Outra enzima relacionada a processos tumorais é a tirosina quinase FLT3 e intimamente relacionada à leucemia mieloide aguda (LMA). A enzima FLT3 é expressa em membranas de células hematopoiéticas precursoras e tem papel importante na diferenciação, proliferação e multiplicação celular. Na LMA ocorre normalmente hiperestimulação ou mutações na enzima FLT3, levando à proliferação celular exacerbada e menor resposta aos agentes citotóxicos padrões. Inibidores FLT3 e duais Aurora B/FLT3 têm se mostrado relevantes na busca por novos promissores compostos anticâncer, principalmente para a LMA. Este trabalho foi realizado para estudar e compreender as interações entre dois alvos diferentes, as enzimas Aurora B e FLT3, e vários derivados indolin-2-ona, estruturalmente semelhantes ao fármaco sunitinibe. O programa Molegro Virtual Docker foi utilizado nos cálculos de ancoramento molecular e as enzimas Aurora B e FLT3 obtidas a partir do PDB (4AF3 e 4XUF) com hesperadina e quizartinibe empregados como compostos referência, respectivamente. Os modelos matemáticos, realizados no programa Chemoface, alcançaram R2 de 0,94 e 0,82, sugerindo que as conformações dos ligantes com Aurora B e FLT3 humana são cabíveis e os dados podem ser utilizados para prever o nível de interação de outros inibidores indolin-2-ona de Aurora B e FLT3 com padrões moleculares semelhantes. O composto 1, mostrou as energias de interação mais estáveis, -225,90 kcal.mol-1 para Aurora B e -233,25 kcal.mol-1 para FLT3, entre todos os inibidores estudados com dados experimentais disponíveis, enquanto o sunitinibe foi o menos estável (-135,63 kcal.mol-1) para a enzima Aurora B e um dos menos estáveis (-160,94 kcal.mol-1) para FLT3. Quatro novos derivados indolin-2-ona propostos (IAF61, IAF63, IAF66 e IAF79) foram destacados como promissores compostos para futura síntese e avaliação biológica visando a Aurora B, outros seis (IAF70, IAF72, IAF75, IAF80, IAF84 e IAF88) visando a FLT3 e um composto (IAF79) como um promissor composto com atividade dual Aurora B/FLT3. Além disso, o padrão molecular evidenciado em nossos estudos deve ser explorado sinteticamente na busca de compostos mais efetivos que possam se tornar um fármaco utilizado no tratamento do câncer, incluindo LMA, validando e ratificando nossos estudos de docking.