Valorização da Lignina Kraft: Uso na preparação de filmes compósitos
Filmes compósitos, quitosana, lignina kraft |
A indústria da pesca e a agroindústria geram toneladas de resíduos e subprodutos que prejudicam o meio ambiente, mas podem ser transformados em novos materiais com valor agregado. Visando a necessidade do reaproveitamento de resíduos, esse estudo busca utilizar os subprodutos da indústria do papel e celulose e os resíduos da indústria da pesca, na elaboração de filmes compostos por quitosana (Q) e nanopartículas de lignina kraft (NLK). As NKL foram preparadas a partir da sonificação de uma suspensão de lignina kraft. Utilizou-se análise de espalhamento dinâmico de luz (DLS) para verificar o tamanho médio das NLK que ficou entre 100 e 700 nm. Os filmes de quitosana foram preparados pelo método de evaporação de solvente (casting). Foram preparados 9 filmes com diferentes concentrações de Q e NLK. Os filmes foram caracterizados por diferentes técnicas: microscopia eletrônica de varredura (MEV), termogravimetria (TGA), espectroscopia na região do infravermelho (FTIR), testes mecânicos, umidade, espessura, permeabilidade ao vapor de água (PVA) e propriedades ópticas (UV-vis). Os resultados do MEV mostraram filmes com boa microestrura, sendo essa característica um ponto positivo nas propriedades mecânicas e nas propriedades de barreira do filme. A adição de NLK aos filmes elevam o valor da resistência a tração e do módulo de elasticidade. A transparência do filme cai consideravelmente com o aumento da concentração de NLK. Os filmes poliméricos possuem uma excelente propriedade de barreira da luz UV que aumenta à medida que a concentração de NLK aumenta. As propriedades físicas (umidade e permeabilidade ao vapor de água) estão diretamente ligadas à concentração de NLK. A umidade e a PVA são maiores nos filmes com menores concentrações de NLK |