I
Identificação e quantificação de ésteres e compostos fenólicos presentes em cachaças envelhecidas em barris de diferentes madeiras e sob diferentes tempos
Envelhecimento; ésteres; composição fenólica
A cachaça é uma bebida exclusivamente brasileira, obtida pela fermento-destilação do caldo de cana de açúcar. Desde o plantio da cana-de-açúcar até o processo de envelhecimento, são formados centenas de compostos secundários que, mesmo que em quantidades reduzidas, são cruciais para a qualidade da bebida, pois garantem características sensoriais desejáveis, ímpares e marcantes para o produto final. O processo de envelhecimento consiste no armazenamento da bebida destilada em toneis de madeira, que podem ser fabricados a partir de madeiras importadas, como o carvalho, como de madeiras nativas, como amburana, jequitibá, ipê amarelo, freijó, castanheira e amendoim. O uso de madeiras nativas é promissor, uma vez que garantem características única e exclusivas do país de origem da bebida brasileira. Esse trabalho objetivou traçar o perfil físico-químico de bebidas envelhecidas em madeiras nativas brasileiras e em diferentes tempos de armazenamento, bem como conhecer sua composição volátil de ésteres e seu perfil fenólico. A composição físico-química foi evidenciada a partir da realização de análises estabelecidas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAP), enquanto o perfil fenólico e volátil será pesquisado por análises cromatográficas. Espera-se, ao final desse estudo, averiguar se as bebidas estão de acordo com os Parâmetros de Identidade e Qualidade propostos pela legislação, além de compreender se existem correlações específicas entre as madeiras aplicadas e a composição de ésteres e fenólicos.