"AMIGO OU INIMIGO?": COMPATIBILIDADE DO FUNGO Duddingtonia flagrans COM PROTEASES NO CONTROLE DE NEMATOIDES
ação nematicida, extrato bruto proteolítico, nematoides, controle bioquímico, controle biológico.
É de grande importância a busca por alternativas sustentáveis para o controle de nematoides no ambiente. A presença de larvas infectantes (L3) em pastagens contribui diretamente para a constante recorrência de infecções em rebanhos de ruminantes. O uso de anti-helmínticos é comum, porém com o tempo, o uso excessivo contribui para o aumento da seleção de populações resistentes, reduzindo então sua eficácia. O biocontrole atualmente está abrindo portas para uma nova perspectiva de controle a fim de mitigar a proliferação desses organismos. Por outro lado, outros tipos de formulações também estão conquistando seu lugar no mercado, a fim de maximizar a ação nematicida de biológicos, bem como reduzir contribuir para a saúde animal, preservação do meio ambiente e para a promoção de uma agricultura mais responsável. Diante desse cenário, esse projeto abre caminho para o desenvolvimento de novas estratégias de controle de nematoides mais sustentáveis e eficazes, por meio de combinações entre o fungo nematófago Duddingtonia flagrans (AC001) com enzimas proteolíticas de origem fúngica e vegetal. O presente projeto foi dividido em 4 capítulos. O primeiro artigo avaliou a ação concomitante in vitro do fungo AC001 e seu extrato bruto proteolítico sobre Panagrellus sp. e GINs. Enquanto o segundo artigo, avaliou a ação concomitante de AC001 e a enzima vegetal papaína no controle in vitro e em substrato para plantio, todos sobre Panagrellus sp., de modo a investigar a ação concomitante no ambiente. Por outro lado, o terceiro artigo complementa a pesquisa iniciada no primeiro trabalho, avaliando a ação conjunta do fungo AC001 e seu extrato bruto proteolítico em amostras fecais de ovinos, a fim de simular as condições ambientais para reduzir a contaminação em campo por estes parasitas. Os resultados apresentados nos trabalhos foram validados estatisticamente por ANOVA, teste de Tukey e test t, garantindo a robustez e confiabilidade nos dados. Posteriormente, o percentual de redução em comparação aos grupos controles, a partir do número de larvas recuperadas. Este trabalho conclui que a presença de enzimas proteolítica, seja de origem fúngica quanto vegetal, maximizam o efeito nematófago do fungo, potencializando assim o controle desses parasitas in vitro.