Avaliação biológica e mecanismo de ação dos óleos essenciais das espécies vegetais Prunus pérsica e Satureja montana sobre as bactérias Escherichia coli e Staphylococcus aureus
Óleos essenciais.
Prunus pérsica.
Satureja montana
Antioxidantes.
Atividade biologica
Mecanismo de ação
Os produtos naturais são considerados promissores antifúngicos, antioxidantes, antibacterianos e anti-inflamatórios, fazendo com que estes sejam cada vez mais explorados. Como exemplo têm-se os óleos essenciais, formados a partir do metabolismo secundário. Os objetivos deste trabalho foram extrair, caracterizar quimicamente, bem como avaliar a atividade antioxidante, antifúngica e estudar o mecanismo de ação dos óleos essenciais de Prunus pérsica (pessegueiro) e Satureja montana (segurelha) sobre as bactérias E. coli e S. aureus. A avaliação antioxidante foi realizada pelos testes DPPH, branqueamento do β-caroteno e poder redutor. A análise fúngica foi realizada pelo método de difusão em disco e o mecanismo de ação avaliado por meio de diferentes métodos como efluxo de íons potássio, diminuição de capacidade de tolerância a sal, extravasamento de conteúdos celulares absorventes em 260 nm e absorção de cristais violeta. O óleo essencial de segurelha apresentou como constituintes majoritários carvacrol, p-cimeno e hexadecanol; e o óleo de pêssego o benzaldeído. Foi observado efeito bactericida e bacteriostático para ambos os óleos. O óleo de segurelha mostrou-se excelente antioxidante e antifúngico. Nenhum dos óleos provocou efusão de íons potássio nas células bacterianas. O óleo de segurelha foi capaz de causar tolerância a sal para ambas as bactérias, contrário ao óleo de folhas de pêssego. O extravasamento de constituintes foi observado para ambos os óleos, exceto para o óleo de segurelha sobre E. coli. A absorção de cristal violeta foi observada mais para o óleo de pêssego que para o óleo de segurelha que apresentou uma leve variação. Conclui-se que o óleo de segurelha se mostrou um excelente antioxidante, antifúngico e antibacteriano, enquanto o óleo de folhas de pêssego apresentou baixo potencial antioxidante e obteve um menor potencial antifúngico e antibacteriano quando comparado com o óleo de segurelha. Desta forma o mecanismo de ação dos óleos sobre as bactérias, pode ser atribuído a alterações na permeabilidade da membrana de forma direta ou indireta.