Avaliação da utilização de chips de diferentes madeiras para maturação de cachaças.
Cachaça, chips, maturação, madeiras brasileiras, análises físico-química e cromatográficas.
A cachaça é um destilado brasileiro de grande importância cultural e econômica, cuja qualidade é essencial para sua competitividade. Em 2023, a produção nacional foi de aproximadamente 225,7 milhões de litros, com 8,62 milhões destinados à exportação. O envelhecimento em barris de madeira agrega valor ao produto, conferindo complexidade sensorial e maior aceitação. Uma alternativa ao envelhecimento tradicional é o uso de chips de madeira, um método mais rápido e sustentável. No entanto, há poucas evidências de que essa técnica reproduza os mesmos efeitos da maturação convencional, já que os chips não permitem a oxigenação da bebida. A interação entre madeira e cachaça depende da razão superfície/volume, que influencia a extração de compostos e a evaporação de líquidos. Assim, para uma mesma madeira e um mesmo histórico, em tonéis menores são esperadas produções maiores de extratos e também em um menor tempo de extração. Os objetivos deste trabalho serão analisar por meio de análises físico-químicas e cromatográficas a absorção de compostos extrativos dos chips, de maneira a comparar a cachaças maturadas com chips àquelas envelhecidas tradicionalmente, bem como avaliar a variação destes mesmos compostos nos chips de madeira, fazendo uma caracterização anatômica via MEV, química e física antes e depois da exposição à bebida.