Qualificação realizada por meio de avaliação escrita.
Casca de arroz modificada quimicamente e funcionalizada com β-ciclodextrina como um biossorvente para remoção do hormônio 17α-metiltestosterona de solução aquosa
Contaminantes emergentes; metiltestosterona; biossorção; β-ciclodextrina; casca de arroz.
Contaminantes emergentes como a metiltestosterona (MT) têm despertado preocupação ambiental por sua persistência e difícil remoção. Neste estudo, investigou-se o uso da casca de arroz como biossorvente, in natura (IN) e após modificações com HCl, NaOH e β-ciclodextrina (β-CD) reticulada com ácido cítrico (AC), epicloridrina (EPI) ou glutaraldeído (GLU). Os materiais foram caracterizados por FTIR, TGA, MEV, EDS, pHpcz e adsorção de CPC (catiônico) e SDBS (aniônico). As análises sugeriram formação de ésteres em AC/β-CD. O pHpcz variou de 6,27 (IN) a ~7,00 (básicos), enquanto os materiais ácidos apresentaram carga positiva em toda a faixa de pH. A adsorção revelou seletividade por CPC, com remoção quase total (~100%) em NaOH, EPI/β-CD e GLU/β-CD e elevada nos ácidos (87,70% AC/β-CD; 66,03% HCl). Todos mostraram baixa afinidade por SDBS (<12%). Para MT, HCl e AC/β-CD exibiram os maiores percentuais de remoção: 55,02% e 52,35%, respectivamente, destacando o papel de interações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio. Os resultados apontam a modificação ácida como a mais eficaz para remoção de compostos neutros e hidrofóbicos como a MT.