EFEITOS DO NANOENCAPSULAMENTO NOS EXTRATOS ETANÓLICOS DE Bryophyllum daigremontianum, Euphorbia tirucalli, Momordica charantia, Handroanthus impetiginosus E Pteredon emarginatus SOBRE A CITOTOXICIDADE DE CÉLULAS CANCERÍGENAS
Câncer, Fitoterapia, Nanotecnologia
O câncer é um conjunto de mais de 200 doenças distintas amplamente difundidas no
mundo e que atinge um número expressivo de seres, tanto na esfera humana quanto
animal. A formação de radicais livres pelo organismo com produção de espécies
reativas de oxigênio (ROS) e nitrogênio (RNS) desencadeia estresse oxidativo e
consequente alteração no material genético causando o câncer quando em exposição
constante. As plantas medicinais são capazes de produzir uma enorme variedade de
compostos bioativos como alcaloides, fenólicos, flavonoides, esteroides, taninos e
terpenos, que apresentam potencial antioxidante. A nanotecnologia surgiu como uma
esperança promissora na medicina para a entrega de fármacos, comunicação, genômica
e robótica. Neste contexto, a presente tese teve por objetivo avaliar o potencial
antioxidante, antidiabético e citotóxico em células VERO, HELA e B16-F10 das plantas
medicinais Bryophyllum daigremontianum, Euphorbia tirucalli, Momordica charantia,
Handroanthus impetiginosus e Pteredon emarginatus, em diferentes concentrações,
bem como das plantas medicinais ancoradas em nanoesferas de quitosana. Após preparo
dos extratos das plantas medicinais, os mesmos foram submetidos à rotavaporização e
posteriormente foram liofilizados. As amostras foram avaliadas em HPLC acoplado a
massa para identificação dos compostos biotivos. Foram realizados testes de inibição
da α-amilase e todos os extratos inibiram a atividade da enzima. As nanopartículas com
melhores resultados foram produzidas em solução de ácido acético 0,5%, solução de
quitosana 0,5%, e proporcção CS/TPP 3:1, apresentando diâmetro em torno de 100 nm.
Os bioativos foram identificados no HPLC e as análises in vitro mostraram potencial no
tratamento oncológico.