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Banca de QUALIFICAÇÃO: HECTOR JOSE VALERIO ARDON

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: HECTOR JOSE VALERIO ARDON
DATA: 28/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Modalidade online
TÍTULO:

Controle de Trichoderma sp no cultivo do cogumelo shiitake (Lentinula edodes) utilizando microrganismos e óleos essenciais


PALAVRAS-CHAVES:

Shitake, Inibição, Trichoderma, controle biológico, óleos essenciais.


PÁGINAS: 14
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Agronomia
SUBÁREA: Fitossanidade
ESPECIALIDADE: Microbiologia Agrícola
RESUMO:

Shiitake (Lentinula edodes) é um cogumelo comestível cujo cultivo se dá hoje majoritariamente em substrato à base de serragem de eucalipto suplementada com farelo de trigo ou farelo de arroz, podendo ainda ser utilizada uma combinação de farelos. Em função disso, o substrato de cultivo passa por um processo de esterilização em autoclave para o controle de contaminantes e patógenos. Apesar disso, o cultivo enfrenta problemas de contaminação do substrato durante a fase de colonização do mesmo ou ainda a ocorrência de fungos que se desenvolvem às custas do micélio do shiitake. Um desses fungos micoparasitas é o Trichoderma sp, o qual é responsável por muitas perdas durante o cultivo deste cogumelo. Este projeto tem como objetivo desenvolver métodos alternativos de controle de Trichoderma durante o cultivo do shiitake. Em trabalho prévio, observou-se que tanto óleos essenciais como microrganismos apresentam um efeito inibitório ou de antagonismo contra uma cepa de Trichoderma, em ensaios feitos em placa de Petri. Para este trabalho, serão avaliados os óleos essenciais e os microrganismos que apresentaram os melhores resultados em placas de Petri para o controle de Trichoderma em blocos colonizados de shiitake prontos para dar início ao cultivo, bem como blocos de shiitake que já tenham passado pelo primeiro fluxo de produção. Serão utilizados os óleos essenciais de cravo-da-índia, orégano e canela, nas concentrações de 0.05, 0.05 e 0.08%, respectivamente. Para os microrganismos, serão utilizadas as espécies Saccharomyces cerevisiae e Bacillus subtilis, nas concentrações de 106 células/mL Para os blocos novos (prontos para o primeiro fluxo de produção), as emulsões de óleo e as suspensões de microrganismos serão pulverizadas em apenas uma das faces do bloco, os quais serão deixados em repouso de um dia para outro para garantir a absorção do óleo ou do microrganismo. No dia seguinte, será pulverizada uma suspensão de Trichoderma na concentração de 102 células/mL, de forma concentrada num ponto central da face do bloco. De igual forma, a suspensão de Trichoderma será pulverizada sobre a outra face do bloco, a qual não recebeu nenhum dos tratamentos.  Portanto, uma face será o tratamento (óleo essencial ou microrganismo) e a outra face será o controle, onde se espera o crescimento de Trichoderma. Para os blocos prontos para o segundo fluxo de produção, todas as faces dos blocos serão pulverizadas com os respectivos tratamentos, mas nenhum receberá a pulverização com Trichoderma, os quais serão observados para avaliar a contaminação natural pelo patógeno. Como controle, 10 blocos não receberão nenhum dos tratamentos de pulverização. Dados preliminares com blocos em fase de produção, indicam uma elevada contaminação natural dos blocos sem qualquer tratamento. O tratamento com canela apresentou contaminação dos blocos na primeira semana após a pulverização, entretanto, a contaminação começou a regredir a partir da segunda semana. Mas, o tratamento com cravo da Índia (folha) apresentou os melhores resultados de controle de Trichoderma, uma vez que desde a primeira semana, observou-se inibição do crescimento do patógeno. Dos microrganismos, não se observou efeito inibitório contra o Trichoderma, ao contrário de Bacillus subtilis, que apresentou efeito inibitório desde a primeira semana. Em relação ao controle, os blocos pulverizados com Bacillus subtilis  apresentaram cerca de 80% de controle do índice de contaminação. Tanto para o óleo de cravo da Índia (folha) como para Bacillus subtilis, os blocos de shiitake apresentaram frutificação aparentemente normal, indicando que esses agentes não apresentam efeito inibitório sobre a frutificação dos cogumelos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FÉLIX GONÇALVES DE SIQUEIRA - EMBRAPA (Membro)
Presidente - EUSTAQUIO SOUZA DIAS (Membro)
Interno - DIEGO CUNHA ZIED - UNESP (Membro)
Interno - CRISTINA FERREIRA SILVA (Suplente)
Notícia cadastrada em: 17/06/2024 09:49
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