Efeito da biotização com Bactérias Promotoras de Crescimento Vegetal (PGPB) na micropropagação in vitro de Fragaria Ananassa Duch, e resposta às condições in vivo
Biotização, Micropropagação, Morango, PGPB, interação planta-microrganismo
O morangueiro é uma planta de grande interesse mundial pela produção de uma das frutas mais apreciadas do mundo, e sua produção pode-se realizar de diversas maneiras, sendo uma delas a micropropagação in vitro a qual já tem sido relatada anteriormente permitindo a obtenção de grandes quantidades de microplântulas a partir de uma planta mãe previamente submetida a condições de assepsia para o estabelecimento da cultura in vitro e o posterior transplante às condições in vivo, assim, essa última fase da micropropagação é crucial para a superveniência da microplântula. Nesta pesquisa se explorou o uso da biotização durante a micropropagação in vitro, para ajudar na preparação e adaptação da microplântula às posteriores condições ambientais. Foram avaliadas 10 PGPB na fixação de nitrogênio, a solubilização e disponibilização de fósforos, potássio, cálcio e zinco, a sínteses de fitohormônios vegetais, a ACCd, a produção de enzimas hidrolíticas, sideróforos, HCN, e biofilme bacteriano. Se destacaram os gêneros bacterianos pertencentes ao Azospirillum, Rhizobium e Bacillus na biotização individual e em consórcios realizada nas condições in vitro de microplântulas de morangueiro ao ter efeitos positivos na promoção de crescimento vegetal, assim como também, se encontrou que o gênero Bacillus foi o maior produtor de ACCd, enzimas hidrolíticas, sideróforos, ácido salicílico, HCN, bem como na formação de biofilme, o gênero Azospirillum mostrou a produção de giberelinas, ácido salicílico, AIA, a solubilização de fósforo, potássio, zinco. Desta forma, o efeito da biotização também foi avaliado nas microplântulas em condições in vivo encontrando-se que a biotização e re-inoculação com o Azospirillum brasilense Ab-V5 e Bacillus subtilis CCMA 0401 se destacaram quando utilizadas individualmente e em consórcios nas condições in vivo. Desta forma, o uso de PGPB na biotização de microplântulas de morangueiro se configura como uma alternativa eficaz na cultura de tecidos vegetais para ajudar às microplântulas durante a adaptação às condições in vivo assim como também se configuram como uma alternativa na diminuição de agroquímicos.