AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ENTEROTOXIGÊNICO DE LINHAGENS DE
Staphylococcus aureus PRODUTORA DE ENTEROTOXINA A: CARACTERIZAÇÃO DO QUEIJO
MINAS ARTESANAL PRODUZIDO NA MESORREGIÃO DO CAMPO DAS VERTENTES
Maturação; Doenças Transmitidas por Alimentos; Enterotoxina estafilocócica
O consumo do queijo Minas artesanal, não apenas em Minas Gerais, mas também em outros estados brasileiros, vem aumentando. A alteração da legislação, denominada “Lei do Queijo Artesanal”, que regula a produção e venda dos diferentes tipos de queijos artesanais, teve como objetivo a valorização do produto e da cultura regional. A crescente demanda, juntamente com as mudanças na legislação, torna favorável a produção e comércio do queijo minas artesanal, assim como o desenvolvimento de regiões mineiras ainda pouco reconhecidas. Assim, estudos sobre a viabilidade de microrganismos patogênicos e a dinâmica microbiana da maturação, podem auxiliar na garantia da segurança microbiológica, na qualidade e procedência desses queijos, visando o melhor tempo de maturação. Desta forma, o objetivo desse projeto é avaliar a qualidade microbiológica dos queijos tipo Minas Artesanal, produzidos na mesorregião do Campo das Vertentes, microrregião de São João del Rei. Além disso, objetiva-se analisar a viabilidade microbiológica da bactéria Staphylococcus aureus e a produção da enterotoxina A no queijo, bem como estudar a dinâmica do processo fermentativo envolvendo as bactérias láticas (BAL), entre outros microrganismos comumente encontrados em queijos, empregando-se PCR em tempo real. Queijos provenientes de queijarias certificadas da região do Campo das Vertentes serão avaliados, assim como os não certificados. Desta forma, será possível a comparação da qualidade microbiológica desses queijos que, auxiliará na certificação das queijarias não registradas. Durante sua maturação in loco, serão coletados queijos para avaliação de microrganismos patogênicos, indicadores e BAL. Queijos recém-fabricados, serão coletados, transportados para o laboratório e inoculados com os patógenos Staphylococcus aureus produtora de enterotoxina A, L. monocytogenes e S. Enteritidis S64. A viabilidade desses microrganismos será acompanhada durante o período de maturação de 60 dias, bem como a produção de toxina SEA; o acompanhamento das BAL também será feito. Espera-se por meio do estudo da ecologia da maturação e do volatiloma do queijo Minas Artesanal, levantar informações afim de garantir a inocuidade e a qualidade sensorial dos queijos, dando auxílio a regularização dos produtores não cadastrados da região do Campo das Vertentes.