Co-encapsulação de Kluyveromyces lactis potencialmente probiótica e extratos de café verde, película prateada e
PVA: Influência na sobrevivência celular e viabilidade de bioativos.
Bioativos. Cápsulas de alginato. Leveduras.
O Brasil é o maior produtor e exportador de café e atrelado aos grandes números de produção está a geração de
subprodutos advindos do seu processamento. Tais resíduos como a película prateada e PVA contém diversos
compostos químicos de grande relevância como ácido clorogênico, trigonelina e cafeína. Os consumidores têm
buscado por uma vida mais saudável nos últimos anos aumentando a procura por alimentos com ingredientes
bioativos ou funcionais em sua composição. Os probióticos são suplementos alimentares com microrganismos
vivos que conferem benefícios a saúde. Leveduras têm sido alvos de estudos para uso como probióticos devido
suas características bioquímicas interessantes. A administração combinatória de microrganismos probióticos com
componentes que fornecem benefícios a saúde mediada por encapsulação de alginato é uma alternativa que
garante estabilidade as células e aos compostos químicos. O objetivo deste trabalho foi co-encapsular a levedura
Kluyveromyces lactis B10 potencialmente probiótica e extratos de café verde, película prateada e grãos
defeituosos (PVA). Foram avaliadas a composição de bioativos, atividade antioxidante e atividade antimicrobiana
dos extratos, características morfológicas e eficiência de encapsulamento, capacidade do encapsulamento em
proteger as células submetidas a condições gastrointestinais, e atividade antioxidante das cápsulas. Nossos
resultados mostraram que o método de extração de bioativos utilizado apresentou resultados mais interessantes
para o subproduto PVA, seguido do café verde. Os extratos apresentaram atividade antioxidante pelos métodos
de redução de DPPH e ABTS e antimicrobiana contra as bactérias patogênicas E. coli, Salmonella e S. aureus, com destaque para o extrato de PVA. As cápsulas apresentaram diâmetro entre 1451,46 a 1581,12 m e uma eficiência de encapsulamento superior a 96,32%. Com a microscopia eletrônica de varredura (MEV) foi possível observar que as cápsulas dos três extratos apresentaram pequenas deformações e irregularidades na superfície. As células de K. lactis encapsuladas em todos os tratamentos com os extratos apresentaram viabilidade superior a 8,59 log UFC/mL, conforme recomendado para produtos probióticos alimentares. A adição de extratos de café verde, película e PVA não reduziu a eficiência de encapsulamento das cápsulas de alginato, possibilitando uma interação segura entre os extratos e as células K. lactis.