Variação de vazão em emissores de gotejamento em função da instalação em subsuperfície para diferentes tipos de solo
gotejamento subsuperficial; variação de vazão; propriedades físico-hídricas do solo.
Vários estudos têm mostrado que a irrigação é fundamental para o desenvolvimento agrícola mundial, entretanto a água é um recurso limitado e deve ser utilizada da maneira mais eficiente possível, seguindo um manejo adequado. Nesse sentido, procura-se cada vez mais técnicas de irrigação eficientes no uso da água, como por exemplo, o gotejamento subsuperficial.. Esse sistema vem sendo utilizado apenas encoberto por uma pequena camada de solo, principalmente nas áreas de cafeicultura irrigada do Brasil. Uma vez que a grande parte dos trabalhos investigam os fenômenos envolvidos com a variação de vazão em maiores profundidades, o objetivo do presente trabalho foi avaliar dois emissores enterrados a 5 cm de profundidade visando a determinação da variação de vazão em quatro diferentes solos, bem como a caracterização dos parâmetros físicos hídricos do solo. Os solos avaliados foram classificados em franco arenoso, franco siltoso, franco argiloso e muito argilos, enquanto os emissores avaliados foram um emissor autocompensante, modelo XFS e outro não autocompensante, modelo Hydrogol. Para o emissor XFS houve redução de vazão apenas para o solo muito argiloso. Já para o segundo emissor, houve redução de vazão, com exceção do solo franco siltoso, para todos os solos. Foi também avaliado a difusividade hidráulica do solo, por meio da avaliação da frente de molhamento em um cilindro horizontal, constatando maiores valores de difusividade para os solos: franco arenoso, franco argiloso, franco siltoso e franco argiloso, respectivamente. Mesmo em pequenas profundidades a vazão pode ser afetada, sendo o tipo de solo parâmetro para variação, especialmente para o emissor não autocompensante. Desta forma, essas variações devem ser levadas em consideração para os projetos de sistemas em pequenas instalados em pequenas profundidades.