Banca de DEFESA: MIGUEL ANGEL COREA ALVAREZ

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MIGUEL ANGEL COREA ALVAREZ
DATA: 13/02/2025
HORA: 08:00
LOCAL: Google Meet
TÍTULO:

QUALIDADE DA ÁGUA E SEU EFEITO SOBRE O DESLOCAMENTO DO POTÁSSIO EM SOLOS TROPICAIS

PALAVRAS-CHAVES:

Contaminação de águas subterrâneas. Deslocamento miscível. Dessorção competitiva. Fertilidade do solo. Lâminas de irrigação. Lixiviação. 

PÁGINAS: 151
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Engenharia de Água e Solo
ESPECIALIDADE: Irrigação e Drenagem
RESUMO:

Em algumas regiões, características geológicas locais podem gerar naturalmente águas salinas, salobras ou duras, o que pode alterar a dinâmica do potássio no solo, prejudicar suas propriedades físico-químicas e possível contaminação das águas subterrâneas. Assim, este estudo teve como objetivo avaliar o efeito da relação de adsorção de sódio (RAS), condutividade elétrica (CE) e dureza de cálcio da água sobre o movimento do potássio (K) presente em três solos (Latossolo Vermelho - LV, Cambissolo Háplico - CX e Neossolo Quartzarênico - RQ), por meio de ensaios de deslocamento miscível e lixiviação em ambiente protegido. Foram avaliados tratamentos relativos à qualidade da água para irrigação, com diferentes níveis de dureza da água (Q1 e Q2, 50 e 150 mg L^-1 de CaCO₃), RAS e CE baixa (Q3), RAS baixa e CE alta (Q4), RAS e CE alta (Q5), RAS e CE níveis intermediários (Q6) e um controle com água deionizada (Q7). O ensaio de deslocamento miscível, foi conduzido em colunas de solo utilizando permeâmetros de carga constante, coletando até 20 volumes de poros. Os dados foram usados para ajustar curvas de deslocamento de K⁺ e analisados por meio de estatísticas multivariadas de componentes principais e agrupamento hierárquico. O ensaio de lixiviação foi realizado em colunas de solo com reposição de água em 100%, 125% e 150% da lâmina necessária para levar o solo à umidade na capacidade de campo, com irrigações a cada 2 dias por 30 dias. Os dados foram analisados pelo teste F e, quando identificadas diferenças significativas, aplicou-se o teste de Scott-Knott ou regressão linear a 5% de probabilidade estatística. No ensaio de deslocamento miscível, o deslocamento de K⁺ no LV e CX com as soluções Q4, Q5 e Q6 pode ter ocorrido devido às altas concentrações de cátions nas soluções, saturando os sítios de adsorção desses solos e promovendo a competição entre Ca²⁺, Mg²⁺ e K⁺ nos minerais do solo. No RQ, o deslocamento significativo de K⁺ com a solução Q5 foi causado pelo gradiente de concentração de Na⁺, que reduziu tanto o K⁺ disponível quanto a capacidade de troca de cátions. No ensaio de lixiviação, o manejo Q4-125 apresentou as maiores médias de deslocamento de K⁺ no CX e LV, enquanto no RQ, o manejo Q5-125. Este efeito pode ser atribuído à competição intensificada entre os cátions presentes nas soluções e o K⁺ trocável e não trocável, já que, após a aplicação dos manejos, observou-se também o aumento no K⁺ disponível nos solos. De modo geral, a reposição de água de 125% deslocou maiores concentrações de K⁺ ao longo do tempo, em comparação com a reposição de 150%, no entanto, o manejo Q3-150 apresentou maiores médias em relação ao manejo Q3-125 e os manejos Q7-125 e 150 não tiveram diferença significativa. Conclui-se que águas com RAS baixa e CE alta induzem um deslocamento significativo de K⁺ no LV e CX, enquanto para RAS e CE altas no RQ. A solução de maior dureza não afetou significativamente a concentração de K⁺ no solo.

MEMBROS DA BANCA:
Interno - RONALDO FIA (Suplente)
Presidente - MICHAEL SILVEIRA THEBALDI (Membro)
Externo à Instituição - MATEUS MARQUES BUENO - IFSULDEMINAS (Membro)
Interno - LUIZ ANTONIO LIMA (Membro)
Externo à Instituição - JOAO JOSE DA SILVA JUNIOR - UnB (Suplente)
Interno - FABIO PONCIANO DE DEUS (Membro)
Externo à Instituição - DELVIO SANDRI - UnB (Membro)