Banca de DEFESA: MARINA NEVES MERLO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: MARINA NEVES MERLO
DATA: 18/02/2025
HORA: 13:00
LOCAL: Sala remota - Google Meet
TÍTULO:

APLICAÇÃO DE ESGOTO SANITÁRIO TRATADO EM SOLOS TROPICAIS: RETENÇÃO E MOVIMENTO DE ÁGUA E ÍONS

PALAVRAS-CHAVES:

curva de retenção de água pelo solo; condutividade hidráulica do solo; deslocamento miscível; cátions básicos; contaminação do solo e da água; reúso da água.

PÁGINAS: 120
GRANDE ÁREA: Ciências Agrárias
ÁREA: Engenharia Agrícola
SUBÁREA: Engenharia de Água e Solo
ESPECIALIDADE: Conservação de Solo e Água
RESUMO:

A agricultura é o maior consumidor de água do mundo e a crescente escassez vem evidenciando a necessidade por outras fontes, como a reutilização de águas residuárias tratadas para irrigação. Desta forma, objetivou-se estudar o movimento e a retenção de água e íons em três classes de solos tropicais, utilizando água residuária doméstica tratada (ART) e água residuária artificial (ARA). Foi realizada a caracterização química da ART e a caracterização física, química e mineralógica dos seguintes solos: Latossolo Vermelho (LV), Cambissolo Háplico (CX) e Neossolo Quartzarênico (RQ). O experimento para avaliação da retenção de movimento de íons foi conduzido em um Delineamento Inteiramente Casualisado com três repetições, em esquema fatorial 3 x 2 e determinados os parâmetros de transporte do Na, K, Ca e Mg. O experimento para avaliação do movimento e retenção de água foi conduzido em um Delineamento em Blocos Casualisados com três repetições, em esquema fatorial 3 x 5 x 5. Para os dados de condutividade hidráulica do solo saturado, realizou-se o teste F, e para a comparação das séries de umidade volumétrica retida e condutividade hidráulica do solo não saturado para diferentes tensões matriciais, o teste de Kruskal-Wallis. Empregou-se também análises multivariadas nos dados de ambos os experimentos. Para o deslocamento miscível, o primeiro componente principal estava relacionado à interação dos íons monovalentes (K e Na) e o segundo componente principal evidenciou a interação dos íons bivalentes (Ca e Mg). A aplicação da ART e ARA levou ao aumento do pH e da disponibilidade de K, Ca e Mg em solos tropicais, o que é interessante do ponto de vista agrícola. O LV apresentou maior afinidade pelos íons avaliados, exceto para o K, que teve maior afinidade pelo RQ. Estes solos também apresentaram os maiores atrasos no transporte dos íons em relação à frente de molhamento, o que é importante devido à disponibilidade de íons trocáveis para as plantas. Para o experimento de movimento e retenção de água, não houve diferença estatística para a condutividade hidráulica do solo saturado (Ks) em relação às estratégias de irrigação. Isto evidencia a viabilidade do uso da água ART nos três tipos de solo sem prejuízo na capacidade de condução de água no processo de infiltração, principalmente. Em relação aos eventos de irrigação, o CX e o RQ não apresentaram diferença significativa entre si, mostrando uma baixa sensibilidade destes solos em ter sua Ks alterada. A semelhança entre estes solos, em relação às suas propriedades hidráulicas também foi evidenciada pelo agrupamento hierárquico. Em relação à curva de retenção de água pelos solos, para as séries de umidades retidas, não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos de tratamentos, portanto, não houve efeito das estratégias e dos eventos de irrigação avaliados. Quanto à condutividade hidráulica dos solos não saturados, o RQ apresentou ter maior resistência às alterações desta propriedade hidráulica. Desta forma, a avaliação do movimento e retenção de água e íons em solos tropicais é essencial visando a disponibilidade de água e nutrientes e a preservação da segurança alimentar.

MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - PEDRO LUIZ TERRA LIMA - CalEPA (Membro)
Externo à Instituição - ANDRÉ PEREIRA ROSA - UFV (Suplente)
Externo ao Programa - BRUNO MONTOANI SILVA - DCS/ESAL (Membro)
Interno - ADRIANO VALENTIM DIOTTO (Suplente)
Interno - CARLOS ROGERIO DE MELLO (Membro)
Interno - MATEUS PIMENTEL DE MATOS (Membro)
Presidente - MICHAEL SILVEIRA THEBALDI (Membro)