AVALIAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO DAS ÁREAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO CERRADO PARA A PROTEÇÃO DE AMBIENTES NATURAIS
Unidades de conservação. Mudanças Cl
Mudança no uso e cobertura do solo. Eco
Estoque de Carbono. Biomassa vegetal
Áreas de Proteção Ambiental (APA) representam cerca de 65% de toda área protegida no Cerrado
brasileiro. A conservação de áreas de vegetação nativa tem sido considerada uma grande estratégia para
garantir a provisão de serviços ecossistêmicos, como a manutenção climática. O estoque de carbono
contido em ambientes naturais é um dos serviços ecossistêmicos afetados diretamente pela conversão
destes em ambientes atrópicos. Esta dissertação buscou compreender o papel das APA na conservação das
áreas de vegetação nativa e estimar o estoque de carbono agregado por estas. Para isso, comparamos 16
APA e 16 áreas não protegidas utilizando a classificação do MapBiomas que estabelece três tipos de
formação vegetal: florestal, savânica e campestre. Avaliamos se houve mudança diferenciada na
proporção de cobertura vegetal entre áreas protegidas e não protegidas desde a criação da APA até 2020.
Utilizando o modelo InVEST, estimamos o estoque de carbono de cada APA no momento inical de sua
criação e em 2020. No geral as APA apresentaram o mesmo padrão temporal das áreas não protegidas,
com uma perda lenta de vegetação nativa ao longo do tempo. Houve perda de estoque de carbono em
áreas protegidas, apesar de não apresentar diferença estatística entre o período de criação das APAs e
2020. Nosso trabalho conclui que as APA não foram eficazes para proteção em ambientes naturais do
Cerrado e retenção de estoques de carbono