Efeitos da paisagem urbana na flora espontânea.
Intensidade de urbanização; Habitats urbanos; Diversidade funcional
A urbanização está em constante expansão na era do antropoceno, designando rápidas alterações de usos do solo, poluição, fragmentação de habitats e introdução de espécies não-nativas, que influenciam diretamente as comunidades bióticas. A flora é principalmente afetada pelos elementos presentes nas cidades, contando com novas rotas de dispersão e habitats antropizados, que favorecem espécies não-nativas, levam à extinção de espécies nativas e à homogeneização de grupos funcionais. O presente projeto busca investigar como a intensidade de urbanização e os habitats da paisagem urbana interferem em plantas nativas e não-nativas espontâneas. Visando determinar como a diversidade, abundância, composição de espécies e características funcionais de plantas nativas e não-nativas espontâneas variam de acordo com a intensidade de urbanização o tipo de habitat urbano. Serão feitas coletas de plantas espontâneas em paisagens de três classes de intensidades de urbanização: baixa (25-45%), moderada (50-70%) e alta (>75%), em dois tipos de habitats antropizados (calçada e terreno baldio) do perímetro urbano de Itajubá/MG. As características funcionais forma de vida, forma de dispersão, altura e área foliar específica serão determinadas para as espécies de cada unidade amostral. Os dados de diversidade e abundância serão analisados em modelos lineares generalizados mistos (GLMM), a composição de espécies será comparada em escalonamento multidimensional não-métrico (NMDS) e as características funcionais analisadas em diversidade funcional e matriz de média ponderadas das comunidades (CWM), ambos para cada classe de intensidade de urbanização e tipo de habitat urbano. Espera-se que espécies não-nativas tenham destaque entre as análises realizadas, estando relacionadas à intensidade de urbanização e ao habitat urbano, e as características funcionais tendam à uniformização entre classes observadas.