ENTRE CONCRETO E FLORES: INVESTIGANDO A URBANIZAÇÃO E A POLINIZAÇÃO POR ABELHAS NATIVAS E EXÓTICAS
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Nos trópicos, a polinização, um serviço ecossistêmico crucial, é realizada principalmente por abelhas melíponas. Além disso, é um serviço ecossistêmico fundamental para a produção de alimentos, com um valor econômico estimado em bilhões de dólares anualmente. Estudos têm demonstrado que a urbanização pode afetar o tamanho das abelhas em ambientes urbanos, pois o tamanho do corpo é parcialmente afetado pelos recursos alimentares disponíveis. A urbanização, com sua impermeabilização do solo e falta de arborização, tem impactos significativos na diversidade de abelhas, especialmente aquelas que nidificam no solo. Diante deste cenário, o objetivo deste projeto é analisar e determinar os mecanismos reguladores das interações entre abelhas nativas (Tetragonisca angustula e Trigona spinipes) e a espécie exótica invasora (Apis mellifera) em gradientes de urbanização. O estudo se concentra em Lavras – Minas Gerais, onde a pesquisa ecológica sobre esse tema é limitada, cujo objetivo é comparar, contrastar e compreender como a urbanização influencia essas interações. A compreensão das interações entre as abelhas e o ambiente urbano é fundamental para a preservação desses polinizadores vitais e a manutenção da produção de alimentos. Ademais, este estudo contribuirá para o conhecimento sobre a biodiversidade urbana neotropical e ajudará a responder à pergunta-chave sobre como as cidades atuam como um filtro para a polinização por abelhas nativas e exóticas. Essas descobertas podem ter implicações significativas para a conservação da biodiversidade e a sustentabilidade da produção de alimentos em ambientes urbanizados.